Moro: "É perfeitamente normal"
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Moro: "É perfeitamente normal"

2018-11-30 01:30:00

O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, disse que a prisão do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, é "algo perfeitamente normal".

 

Sem opinar sobre os supostos crimes apontados contra o emedebista, o ex-juiz federal elogiou o autor da ordem de prisão, o ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), relator da Lava Jato no tribunal.

 

"Essa é uma questão que foi decidida pela Justiça, o ministro Felix Fischer. Um grande ministro, tem todos os meus elogios e o reconhecimento de outras pessoas. Mas o assunto atinente (relacionado) à Justiça, algo perfeitamente normal", disse Moro ontem, em Brasília.

 

Pezão foi preso na manhã desta quinta-feira, no Rio de Janeiro, acusado de comandar uma organização criminosa em substituição ao ex-governador do Estado, Sérgio Cabral, e ser beneficiado de um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro de até R$ 25 milhões em valores históricos.

 

A cerca de um mês de assumir a pasta, Moro disse também que deseja ter mais recursos para reformular a estrutura do Ministério da Justiça e da Segurança Pública. Ele reconheceu que há limitações orçamentárias para a criação de cargos e novas secretarias.

 

"Existe uma série de limitações de cargos e de orçamento. O foco na parte de corrupção deve ser mais o DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional), que já existe. Ele tem a parte de cooperação jurídica e internacional mas tem também o laboratório de lavagem de dinheiro. O que não impede também que a Operações Integradas passe também a operações relativas a corrupção, integradas. Mas, assim, o desejo seria que houvesse uma grande margem de manobra para criar uma estrutura", disse Moro.

 

O comentário do futuro ministro foi feito após questionamento sobre se há um plano de criar uma nova secretaria específica para combate à corrupção, assim como será feito em relação à Secretaria de Operações Policiais Integradas - que será comandada pelo ex-superintendente da PF no Paraná, terra da Lava Jato.

Agência Estado

 

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