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Vice-presidente de Investimentos e Controladoria e diretor de Relações com Investidores do Grupo M. Dias Branco, Geraldo Luciano teve a saída desses cargos anunciada no começo de novembro. O afastamento permitiu especulações sobre uma entrada na política. Entre as possibilidades, convites para assumir cargos em governos ou um preparativo para as eleições de 2020.

 

Em almoço com jovens empresários na Federação das Indústrias do Ceará ontem, o executivo negou que irá assumir cargo no governo de Camilo Santana (PT) ou Jair Bolsonaro (PSL). "Eu posso garantir que convite eu não tenho de ninguém", ressaltou. O encontro foi organizado pela Associação de Jovens Empresários de Fortaleza.

 

"Eu sou amigo do governador Camilo Santana, gosto muito dele. Talvez por ter sido no passado funcionário do Banco do Nordeste, tive por alguns amigos meu nome lembrado. Mas não existe nada disso", explicou à reportagem. Após a transição no Grupo M. Dias Branco, ele garante que pretende continuar no setor privado.

 

Importante nome no mercado cearense, Geraldo Luciano sempre teve forte ligação com a política, tendo sido filiado ao PSDB, onde chegou à vice-presidência estadual, e foi cotado para uma candidatura ao Governo do Ceará. Contudo, ainda no primeiro semestre, ele saiu da legenda tucana. O motivo, segundo ele, foi acreditar que "não tinha maiores vínculos com o partido", após o senador Tasso Jereissati (PSDB) não ser escolhido para a presidência nacional do PSDB.

 

A filiação ao partido Novo se deveu a afinidades com a proposta da nova legenda, que ele aponta ser o que existe de "novidade para contribuir com a política brasileira". Sobre a possibilidade de vir a concorrer nas eleições de 2020, ele prefere desconversar.

 

"O partido Novo precisa se estruturar aqui no Ceará. Se eu ou qualquer pessoa do partido tem intenção de participar desse processo em 2020, é construir uma boa estrutura, para só depois discutir qual seria o melhor nome", explica, sem descartar, contudo, a possibilidade.

 

Ele aproveitou o encontro, para elogiar Paulo Guedes, superministro do governo Bolsonaro, assim como a indicação do cearense Mansueto Almeida para a equipe. Ele, que afirmou não ter votado em Bolsonaro, disse torcer pelo novo governo. "Não podemos perder quatro anos", acredita.

 

LEÃO

Geraldo Luciano afirmou que o cargo que gostaria de ocupar é o de Marcelo Paz, presidente do Fortaleza. Torcedor do time, ele fez questão de comemorar a conquista do título de campeão da Série B pelo Leão.