Dois principais gestores da área econômica do governo Camilo Santana (PT), os secretários Mauro Filho (Fazenda) e Maia Júnior (Planejamento) têm permanência incerta nos cargos para o segundo mandato do governador.

Mauro, recém-eleito deputado federal pelo Ceará, ganhou projeção nacional após a disputa presidencial deste ano, onde atuou como "número um" da campanha de Ciro Gomes (PDT). Agora, aliados acham pouco provável que o economista, que administra a Fazenda desde o governo Cid Gomes (PDT), deixe a vaga na Câmara Federal e retorne à pasta.

A expectativa, até agora, é que o deputado eleito atue mais ativamente em Brasília, de olho em ampliar participação na pauta econômica do Congresso.

O secretário do Planejamento, por outro lado, segue no governo em meio à polêmica envolvendo sua filiação ao PSDB. Parte do quadro de filiados do partido há décadas, o secretário se licenciou da sigla durante a campanha, em meio a conflitos com o candidato ao governo General Theophilo (PSDB).

Uma das possíveis mudanças estudadas para o governo do Ceará, a fusão entre as secretarias da Fazenda e do Planejamento seria uma forma de prestigiar o secretário e o manter entre os quadros da gestão. Até agora, no entanto, o governo Camilo Santana (PT) ainda não confirma qualquer alteração na estrutura administrativa do Estado.

"O Mauro é uma pessoa extremamente útil e necessária em qualquer governo, certamente seria muito positivo, mas sobre isso só duas pessoas podem falar: O Camilo e o próprio Mauro", diz Maia Júnior. "Eu mesmo não sei se vou continuar, isso tudo vai ser avaliado", disse ontem ao O POVO.