Encontro com Bolton aproximou Brasil e EUA, diz Bolsonaro
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Encontro com Bolton aproximou Brasil e EUA, diz Bolsonaro

2018-11-30 01:30:00
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As relações econômicas entre Brasil e Estados Unidos e questões envolvendo Cuba e Venezuela dominaram a conversa entre o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e o assessor de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, na manhã de ontem, dia 29. Bolsonaro e Bolton tiveram encontro de uma hora na casa do presidente eleito, na Barra da Tijuca, no Rio.

 

"Disse a ele (John Bolton) que vamos conduzir a equipe econômica no sentido de facilitar nosso comércio com os Estados Unidos e com os outros, mas sem prejudicar nossa economia, obviamente", afirmou Bolsonaro, logo após participar de evento na Vila Militar. "Tratamos da questão das barreiras, das dificuldades alfandegárias."

 

O presidente eleito classificou o encontro como "muito bom", e disse que serviu para aproximar os dois países. Bolsonaro declarou que pretende visitar os Estados Unidos nos primeiros meses de mandato, mas antes deverá ir à Argentina, Paraguai e Chile.

 

A vinda de Donald Trump para a cerimônia de posse não está descartada, mas Bolsonaro classificou o primeiro dia de 2019, quando ocorre a posse, uma "data ingrata".

 

Questões envolvendo Cuba e Venezuela foram tratadas com John Bolton. "Venezuela é uma questão que vem lá de trás, temos que buscar soluções", comentou Bolsonaro.

 

Segundo ele, "pela cláusula democrática a Venezuela nem poderia ter entrado no Mercosul". Bolsonaro prometeu que a diplomacia brasileira "vai agir" em relação ao país vizinho. "Faremos o possível por vias legais, porque nós sentimos os reflexos da ditadura que se instalou na Venezuela", declarou.

 

A equipe econômica do presidente Michel Temer (MDB) anunciou ontem que, com a ajuda das receitas da exploração de petróleo, deverá deixar para Bolsonaro um rombo nas contas públicas menor do que o planejado. A expectativa do governo é que o resultado negativo fique em torno de R$ 139 bilhões.

 

Ainda assim, a promessa de campanha do futuro ministro da Economia Paulo Guedes de zerar o déficit no primeiro ano de governo de Bolsonaro é "desafiadora", palavra usada pelo atual secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, que deverá permanecer no cargo na próxima gestão.

 

Em outubro, o governo central apresentou resultado positivo de R$ 9,5 bilhões. Além do leilão de petróleo do pré-sal, influenciaram o aumento do pagamento de royalties e participações da exploração de petróleo.

 

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