No Nordeste, Haddad fala em reajustar Bolsa Família
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No Nordeste, Haddad fala em reajustar Bolsa Família

2018-10-22 01:30:00
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O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, prometeu ontem reajustar em 20% o valor do benefício do Bolsa Família, que começaria a valer a partir de janeiro próximo, em caso de eleição do petista. Ele também se comprometeu a estabelecer um teto de R$ 49 para o preço do botijão de gás.

 

As duas promessas foram feitas durante agenda de campanha no bairro Anil, na periferia de São Luís (MA). "As famílias estão sofrendo muito. Quem tem hoje um benefício de R$ 200, vai receber R$ 240", afirmou ele. A medida, segundo Haddad, teria um impacto de cerca de R$ 5,5 bilhões, valor que seria obtido com o aumento da arrecadação de impostos proveniente da reativação da economia.

 

Sobre o preço do botijão de gás, Haddad disse que "em nenhum lugar do País" o produto custaria mais que R$ 49, ante preços atuais que variam de R$ 80 a R$ 85. Segundo ele, a Petrobras praticaria uma política de preços nas refinarias que permitiria a fixação de um teto para o gás. O petista disse que o gás responde hoje por cerca de 4% do faturamento da empresa.

 

Ao lado do governador Flávio Dino (PCdoB), Haddad declarou que o Nordeste será o responsável pela "grande virada" na disputa eleitoral. "O Nordeste está dando uma resposta. Nós vamos roubar 1 ponto porcentual dele (Jair Bolsonaro, presidenciável do PSL) por dia e trazer para nós", afirmou.

 

Haddad chamou seu adversário de "chefe de milícia" e criticou o economista Paulo Guedes, que já foi anunciado como futuro ministro da Fazenda, caso Bolsonaro seja eleito. "Quem conhece o Paulo Guedes sabe que é um (Michel) Temer piorado. Conheço o suficiente para saber que as medidas dele trariam grande prejuízo para o Brasil", disse.

 

"Não temos compromisso nenhum com as reformas do Temer e lamento que o Bolsonaro só agora tenha falado que o governo Temer não é tão ruim", disse o petista. O presidenciável voltou a falar em reformular a reforma trabalhista, ressaltando que é "uma certeza" que isso vai acontecer em seu governo.

Agência Estado

 

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