Um dia depois de movimento de mulheres levar multidão às ruas de São Paulo contra Jair Bolsonaro, os apoiadores do candidato se reuniram na capital. Bandeiras do Brasil e pessoas de verde e amarelo ocuparam parte da avenida Paulista ontem à tarde. O filho do deputado, o também parlamentar Eduardo Bolsonaro, participou da manifestação. Ele discursou contra o PT em carro de som.

 

Logo após o almoço, a concentração começou a ganhar volume próximo ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). Os apoiadores de Bolsonaro cantaram o hino nacional sob um céu nublado. Alguns líderes do movimento e representantes do PSL fizeram discursos. "O PT não pode voltar para o poder, se voltar, não vamos  mais ter o que comer nesse país", disse um deles.

 

A multidão puxava o coro: "Ele sim! Ele sim! PT não! PT não!". As falas antipetistas permearam todo o ato. "Se a urna não for fraudada vai ser (vitória) no primeiro turno", afirmou Eduardo Bolsonaro. O ex-presidente Lula, que cumpre pena em Curitiba, e seu partido foram atacados em vários momentos.

 

"Haddad vai dar indulto ao Lula. Se ganhar, vão mandar nosso dinheiro de impostos para Cuba. Nesta eleição, o Brasil vai decidir se quer se igualar ao PCC (Primeiro Comando da Capital) e receber ordens de presidiários", enfatizou. O ato de domingo foi encerrado depois que forte chuva caiu na avenida Paulista, por volta das 16 horas. A secretaria não divulgou a quantidade de manifestantes. Pela manhã, carros e motos realizaram "buzinaço" na Zona Leste da capital. Um cartaz no viaduto da Radial Leste orientava apoiadores a buzinar ao passar pelo local.

 

Ainda em recuperação depois de facada em 6 de setembro, Bolsonaro não participou do ato. Ele está no Rio de Janeiro, depois de ter saído do hospital em São Paulo no sábado. O deputado usou as redes sociais para agradecer o apoio. "Obrigado São Paulo. Obrigado pelas manifestações de todo Brasil! Vamos juntos mudar nosso País!", publicou, em sua conta do Twitter. (Isabel Filgueiras)