Final de semana político nas redes sociais revelou o #PiauiGate, e o Estado foi citado em mais de 40 mil tuítes, tornando-se um dos assuntos mais comentados do Twitter. Agência digital La Joy contratou 30 influenciadores para uma ação pró-esquerda, sem especificar partido. Dia 23, defenderam Gleisi Hoffmann (PT). Dia 24, tuitaram pró Luiz Marinho (PT-SP). Até aí, o plano deu certo. Mas o roteiro do dia 25 era sobre Wellington Dias, candidato ao quarto mandato no Piauí. Nenhum dos influenciadores era do estado nordestino ou havia qualquer conexão lá. Quando @pppholanda questionou a ação, a coisa desandou.

 

NO VENTILADOR

"Recusei a tuitar sobre W. Dias, não tenho ligação com Piauí, não o conheço (...) Pesquisei e, segundo a opinião pública, não foi um bom governo (...) Sucateou e militarizou a educação, silenciou mulheres (...) Nunca vou receber dinheiro para falar no que não acredito (...) Voto Lula e a revelação não é contra a esquerda, nem governos petistas, mas contra a falta de honestidade de agências de comunicação e de influenciadores digitais" (@pppholanda)

 

SINALIZAÇÃO #AD

A tuiteira Ale Siedschlag (@alesie) veio a público mostrar o e-mail que receberam com a proposta. Informa que recusou, pois não podia sinalizar com #AD a postagem, mostrando que o tuíte se tratava de uma publicidade.

 

PIAUIENSE

"Eu sou do Piauí, morei a vida inteira lá e posso dizer: governo Wellington Dias (PT) só trouxe atraso ao nosso estado. Se você quer saber como funciona a coisa do Piauí e em Teresina, pergunte a quem mora lá, não a tuiteiro de outros lugares." Esse desabafo do perfil Aloe @Vera atingiu 5 mil interações e provocou uma série de outros comentários sobre o assunto, apelidado de #PiauiGate. Perfis de direita chamaram o caso de Mensalão do Twitter.

 

NOTA W. DIAS

"Esta não é uma atividade organizada pela campanha. O que se observa nos comentários em redes sociais e prints que circulam é que é um movimento nacional, que simpatiza com a esquerda e o PT." (Assessoria da coligação).