Pesquisador não tentou fraudar resultado
PUBLICIDADE

VERSÃO IMPRESSA

Pesquisador não tentou fraudar resultado

2018-08-24 01:30:00

Em vídeo amplamente difundido nas redes sociais, um homem acusa um funcionário do Instituto Datafolha de tentar fraudar a pesquisa eleitoral por se recusar a mostrar seu questionário. A acusação, porém, não procede, porque a metodologia da pesquisa não permite que as perguntas sejam vistas com antecedência para não influenciar o resultado.

 

O vídeo foi gravado no Rio de Janeiro no dia 6 ou 7 de junho, período em que a pesquisa foi realizada. Na gravação, um homem, que apesar de mostrar o rosto, não se identifica, faz as acusações: "Foi anulada agora a pesquisa Datafolha porque foi negada a informação de eu ler as perguntas", diz ele. E questiona: "Como é que eu posso dar credibilidade a uma pesquisa onde eu não posso ler as perguntas?". Durante a gravação, o funcionário do instituto tenta esconder o rosto e, em um momento, explica que o questionário não pode ser lido pelo entrevistado.

 

Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha, confirmou que o homem que aparece no vídeo é pesquisador do instituto e afirmou que ele agiu corretamente ao se recusar a mostrar o questionário. De acordo com o site do Datafolha, "o questionário é o principal instrumento das pesquisas e a ordem das perguntas pode influenciar as respostas dos entrevistados". Quem quiser ter acesso a perguntas e metodologia de uma pesquisa pode, porém, buscar no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

 

Embora a gravação tenha sido feita no início de junho, ela voltou a ser compartilhada no Facebook esta semana após a divulgação de nova pesquisa Datafolha, na quarta-feira, 22.

Letícia Alves, com informações do Projeto Comprova

 

TAGS