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Candidatos reagem de forma diferente à nova pesquisa Datafolha

2018-06-11 01:30:00
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Dois meses após a prisão de Lula (PT) e a quatro meses das eleições, nova rodada de intenção de votos do o Datafolha despertou reações diversas entre pré-candidatos. Líder nos cenários sem o petista, mas derrotado em quase todas as simulações de 2º turno feitas pelo instituto, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) foi para o ataque no Twitter. “Datafolha, continuas pagando vexame”, declarou em vídeo. “E, com certeza, recebendo algo de muito bom dos patrocinadores.”

[SAIBAMAIS] 

Mas nem tudo foi choro. Marina Silva (Rede), por exemplo, comemorou. E os petistas ligados à coordenação da campanha de Lula comemoraram os resultados. O levantamento, primeiro feito após a paralisação dos caminhoneiros, mostra quadro similar ao de abril, mês da última sondagem. No único cenário em que é testado, o ex-presidente lidera com folga, com 30%, seguido por Bolsonaro (17%), Marina (10%), Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB) com 6% e Álvaro Dias (Podemos) com 4%.


Sem o ex-presidente na disputa, porém, Bolsonaro passa à liderança, crescendo dois pontos porcentuais e chegando a 19%. Marina vai a 15% e Ciro, a até 11%. O pré-candidato tucano galga apenas um ponto, ficando com 7%. Dias mantém-se com 4%. E o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), que substitui Lula num dos cenários, patina em 1% – mesmo desempenho do ex-governador petista Jaques Wagner (veja todas as simulações no quadro ao lado).


Divulgado ontem, o Datafolha mostra disputa mais acirrada entre Marina e Ciro, que se aproximam nos gráficos na hipótese de Lula não figurar entre os postulantes – condenado pela Justiça, ele deve ter sua participação barrada pela Lei da Ficha Limpa. A pré-candidata da Rede, porém, sai-se melhor nos enfrentamentos de 2º turno, perdendo apenas para Lula (46% a 31%). Nos demais, a ex-ministra derrota Bolsonaro (42% a 32%), Ciro (41% a 29%) e Alckmin (42% a 27%).


Em nota ontem, a pré-candidata agradeceu, mas ressalvou: “Temos ainda que buscar formas de dialogar com os cerca de 30% de eleitores que poderiam votar em branco, nulo, em ninguém ou ainda não sabem em quem irão votar”, afirmou a pré-candidata.


A sondagem revela que, com Lula fora da corrida eleitoral, o índice de eleitores sem candidato pode chegar a 34% - com o petista na campanha, esse índice é de 21%. “A eleição suplementar esse ano no Tocantins serve de alerta: quase a metade dos eleitores votou nulo, branco ou se absteve”, acrescentou.


No ninho tucano, a nova pesquisa acendeu o sinal de alerta. Preocupa à cúpula do PSDB a estagnação do ex-governador. Os 7% obtidos por Alckmin significam o pior desempenho de um candidato do partido ao Planalto em quase 30 anos.


“A eleição está em aberto. De fato, precisamos juntar mais, do ponto de vista das lideranças, e ter interlocução mais frequente, mas estamos no caminho certo”, disse o deputado Samuel Moreira (PSDB-SP).

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