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Bolsonaro "tinha que estar preso", rivaliza Boulos

2018-06-29 01:30:00
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O presidenciável Guilherme Boulos (Psol) declarou ontem que o adversário Jair Bolsonaro (PSL) “tinha que estar preso” ao invés de ser pré-candidato ao Palácio do Planalto por ter atacado mulheres e usar do “machismo” como plataforma política na disputa eleitoral.

 

Questionado pelo O POVO sobre como seria a participação feminina no primeiro escalão de governo, em caso de vitória na eleição de outubro, o psolista disse que pelo menos metade seria composto por mulher. Na sequência, rivalizou com Bolsonaro, que também visitou Fortaleza ontem.

“Ao contrário de um cidadão como Jair Bolsonaro, que é um cidadão que faz do machismo e do preconceito o seu modo de ser e de fazer política. Quando faz apologia ao estupro, como no caso da deputada Maria do Rosário (PT-RS), sendo que a cada 11 minutos uma mulher é estuprada no Brasil. Isso precisa ser enfrentado. Um cara que fala um negócio desse tem que estar preso e não teria nem que ser candidato a presidente da República”, respondeu momentos antes do ato com o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), na Praça da Gentilândia, no bairro Benfica.

 

O pré-candidato da esquerda buscou, na entrevista, rivalizar as posições políticas com Bolsonaro, da extrema direita, que ocupa a vice-liderança nas pesquisas de intenção de voto, atrás apenas do ex-presidente Lula (PT). Boulos, por outro lado, ainda não reagiu nas pesquisas. Em levantamento divulgado ontem pelo Ibope, o líder do MTST segue com 1% da preferência do eleitorado.

 

As críticas também se voltaram em relação à agenda definida pelo parlamentar carioca. “Chama atenção que hoje seu Jair Bolsonaro, que visita Fortaleza, está fazendo agenda fechada em hotel, não vem dialogar com o povo, mostra a característica antidemocrática e o medo de debater que tem”, alfinetou.

 

Bolsonaro foi recepcionado por multidão no aeroporto. Agenda previa entrevista coletiva e evento fechado com apoiadores, mas participou também de carreata e ato na Praça Portugal. Boulos fez atos públicos, como visita a apartamentos de moradia popular no condomínio Ana Facó, ato com o MTST, na UFC e o lançamento da chapa majoritária do Psol no Estado.

 

Wagner Mendes

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