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PDT negocia abandonar candidaturas ao Governo em troca de apoio do PSB a Ciro

2018-05-11 01:30:00
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Após a decisão do ex-ministro Joaquim Barbosa (PSB) de não entrar na disputa para presidente da República, o PDT tem estreitado as negociações para levar o PSB a apoiar a campanha do ex-governador do Ceará Ciro Gomes. Os pedetistas sinalizaram desistir das candidaturas a governador em estados onde o PSB possui nomes competitivos em troca da aliança. Partido também desenha aliança com o PCdoB.

 

No último congresso do PSB, realizado em março, ficou definida como prioridade a eleição de dez governadores. A possibilidade de ganhar terreno nos estados em que o PDT tem candidaturas possíveis é considerada uma boa estratégia para definir a união do partido com Ciro em outubro.

[SAIBAMAIS] 

Pela estratégia, o PDT poderá abrir mão de lançar candidatura na Paraíba, onde a vice-governadora Lígia Feliciano tinha intenção de entrar na disputa, além do Distrito Federal, onde o atual presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle, se articulava para a competir.

 

O Amapá é o único estado onde o cenário político poderia atrapalhar a negociação entre os dois partidos. Neste estado, PSB e PDT são adversários em uma acirrada disputa. O atual governador Waldez Góes (PDT) vai concorrer à reeleição com o senador João Capiberibe, que já lançou pré-candidatura pelo PSB.

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O presidente do PDT Ceará, deputado federal André Figueiredo, confirmou que as conversas com o PSB foram reiniciadas após saída de Joaquim Barbosa, mas disse que a articulação está em “fase embrionária”. Conforme o dirigente, o PDT está disposto a apoiar os candidatos do PSB nos estados onde competem e confirma que a única dificuldade seria a composição no Amapá. “Mas não é essa questão que vai impedir o apoio. Vamos correr atrás e buscar a formação dessa aliança”, disse.

 

O deputado Odorico Monteiro, presidente estadual do PSB, compartilha desse pensamento. Ele disse que a aliança é possível e que a bancada pessebista tem se mostrado favorável à composição. “O que tem que acontecer agora é conversa e isso já está acontecendo. Os dois presidentes dos partidos já vinham conversando. O Ciro é um quadro muito respeitado pelo PSB”, defendeu.

 

Para Odorico, a divergência no Amapá não é tratada como uma “impossibilidade” para a formação da aliança. “Pelo que tenho conversado com o Capiberibe, isso se resolve. Ele disse que é só estabelecer parâmetros específicos”, completou. Sinalizações de aliança também se desenham entre o PDT e o PCdoB.

 

Esta semana, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), defendeu que o seu partido desistisse da candidatura de Manuela d’Ávila para apoiar Ciro. Em resposta a Dino, a pré-candidata lançou nota dizendo que as declarações do governador são um “chamado à razão e ao diálogo”. “Nossas diferenças são pequenas diante dos desafios do nosso País e de nosso campo. Estou aberta – e todos deveriam estar também – para a construção de uma saída que una o conjunto da esquerda”, escreveu.

Com agências

 

 

OS PRÓXIMOS PASSOS DO PSB

 

SEM CANDIDATO

Joaquim Barbosa informou oficialmente à cúpula do PSB que não seria candidato à Presidência na última terça-feira. O ex-ministro tinha boa performance nas pesquisas de intenção de voto, aparecendo como quarto colocado na disputa.

 

APOIO

Sem a possibilidade de lançar outro nome, partidos começaram a disputar o apoio dos pessebistas. Após a desistência de Barbosa, alas do partido, mais ligadas ao centro-esquerda, passaram a defender o apoio a Ciro Gomes, enquanto outras lançaram chances de apoio a Geraldo Alckmin (PSDB), com quem o partido mantém aliança em São Paulo.

 

Rômulo Costa

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