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Versão mais "suave" poderia ser aprovada

2018-02-08 01:30:00


“Se o Governo (Federal) achar que vai perder, aí é melhor nem votar. Não sabemos como será o processo eleitoral, a base de apoio no Congresso. O mercado vai ficar preocupado com o peso da Previdência”, avalia o doutor em Economia e reitor da UniFanor, Reginaldo Nogueira.

 

Conforme o especialista, para a economia e a política brasileira, o melhor é que a reforma fosse aprovada ainda neste ano. Mesmo que se reformulasse uma versão mais “suave”, concentrando-se na questão da idade mínima para aposentadoria. “O principal na questão agora é a idade mínima. É o ponto que precisa ser discutido. Aprovar isso agora dá um respiro, empurra mais para frente outros pontos”, avalia.

 

Para Reginaldo, o Brasil precisa discutir tributação, gastos obrigatórios e a maneira como o orçamento é feito, “acabando com obrigatoriedades constitucionais de gastos, o que já é uma agenda pesada”.

 

Criar mecanismos que equacionem a Previdência é uma necessidade, destaca. “A reforma é politicamente custosa e como já temos um Governo impopular em fim de mandato, se eles pudessem limpar da agenda, deixava espaço para a reforma fiscal”, pondera.Reginaldo, lembrando que, em 2016, os votos hoje disputados um a um eram tidos como “quase garantidos”.

 

Ele conta que as delações premiadas da Operação Lava Jato, mais especificamente as que envolviam as gravações entre o presidente Michel Temer (MDB) e o empresário Joesley Batista, fizeram com que os votos fechados fossem perdidos.

 

Gabrielle Zaranza

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