PUBLICIDADE
VERSÃO IMPRESSA

Polícia Federal reforça equipe da Lava Jato em Brasília

2018-01-05 01:30:00
NULL
NULL
[FOTO1]

A Polícia Federal mais do que dobrou a equipe que atua nos inquéritos envolvendo políticos no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar encerrar as investigações antes das eleições deste ano.


O chamado Grupo de Inquérito (Ginq) passará de 24 para 56 policiais federais a partir deste mês. Ficará responsável por 273 investigações ligadas a políticos com foro privilegiado que tramitam na Corte, das quais 124 são ligadas à Operação Lava Jato.

[SAIBAMAIS]

O novo diretor-geral da PF, Fernando Segovia, autorizou a nomeação de mais oito delegados, sete escrivães e 17 analistas para atuar no grupo. A meta é encerrar todas as investigações até o início da campanha eleitoral, que começa oficialmente no dia 15 de agosto.


Em novembro, quando Segovia assumiu a corporação, procuradores da Lava Jato chegaram a colocar em dúvida o futuro da operação.


"Esse aumento significativo da equipe demonstra de forma clara que a prioridade da atual gestão da PF é o combate à corrupção", disse o delegado Eugênio Coutinho Ricas, da Diretoria de Combate ao Crime Organizado (Dicor).


A PF deve se posicionar nos próximos meses em relatórios finais sobre a prática ou não de crimes em casos envolvendo o presidente Michel Temer, a cúpula do governo e parlamentares de oposição.


São investigados pelo Grupo de Inquérito, além de Temer, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral), Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia e Comunicações), Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e aliados, como os senadores tucanos Aécio Neves (MG) e José Serra (SP).


Também estão na lista o presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e o senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Todos negam envolvimento em irregularidades. Ainda estão em andamento apurações sobre os senadores Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Jorge Viana (PT-AC) e os deputados petistas Arlindo Chinaglia, Carlos Zarattini, Zeca Dirceu e Marco Maia.


A partir de agora, os 56 policiais federais serão divididos em 13 equipes formadas por um delegado, um escrivão e dois agentes. Os outros investigadores atuarão no apoio a esses grupos. Somente o número de delegados federais, que presidem os inquéritos policiais,
saltou de nove para 17.


A equipe ainda continua sob a tutela da Coordenação de Combate à Corrupção, chefiada pelo delegado Josélio de Azevedo, e dentro da Dicor.


Em sua posse, Segovia afirmara que uma de suas prioridades era dar celeridade às investigações envolvendo políticos para evitar influência na disputa eleitoral.

Agência Estado

TAGS