O grupo Livres, que deixou o PSL após anúncio de compromisso de filiação do deputado Jair Bolsonaro na semana passada, deve decidir o futuro na próxima semana.

De acordo com o líder do movimento, Rodrigo Marinho, pelo menos três partidos políticos, Patriotas, Novo e PPS, fizeram convite de filiação ao grupo de cerca de 3 mil militantes.

"Estamos decidindo qual vai ser o caminho a seguir. Podemos ingressar em um partido ou seguir como associação. E podemos, também, liberar para cada um seguir o seu próprio caminho", disse o ex-presidente do PSL.

Marinho disse ao O POVO que o movimento no Ceará recebeu com surpresa o anúncio de compromisso do presidenciável ao PSL, até então colocado publicamente como Livres.

Segundo ele, não houve participação dos militantes nesse processo de aproximação com o parlamentar e que o pensamento do deputado Jair Bolsonaro não se coaduna com os ideais do Livres.

"Foi uma surpresa. Foi tudo de última hora, tudo de surpresa em relação ao Bolsonaro estar vindo porque ele não tem nada a ver com as liberdades liberais", afirmou Rodrigo.

O grupo nacionalmente deixou o PSL no mesmo dia em que a legenda anunciou o compromisso do deputado carioca à agremiação, na última sexta-feira, 5.

Em vídeo publicado ontem na página nacional do Livres, Paulo Gontijo, presidente interino, afirmou que o grupo está em conversas com diversos partidos que demonstraram interesse em acolher os militantes e que uma coletiva será concedida no dia 19 de janeiro para anunciar o futuro do movimento.

Gontijo afirmou que as próximas duas semanas serão de conversas com o Livres de todos os Estados para decidir o rumo a tomar.

"Estamos num trabalho muito árduo de tentar organizar a casa. Estamos dando um tempo de duas semanas para anunciar coletiva no dia 19 e abrir as conversas a partir de hoje com vários partidos que já se dispuseram a hospedar o nosso projeto nesse ano de 2018", disse.

Wagner Mendes