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Meirelles precisa se mexer se deseja estar à frente, diz Domingos Neto

2018-01-30 01:30:00
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Novo líder do PSD na Câmara Federal, partido do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o deputado Domingos Neto (PSD-CE) avalia que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) “larga na frente” na corrida presidencial em relação aos demais pré-candidatos de centro-direita. Neto disse que Meirelles e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), terão de “se mexer” para alcançar Alckmin e consolidar suas respectivas candidaturas.


“O Geraldo Alckmin, sem dúvida, larga na frente, porque tem projeção mais sólida. Você consegue enxergar na candidatura dele uma solidez, que vai desde o partido, um dos maiores do País, que tem vários governadores e deputados. Ele já tem uma estrutura”, disse Domingos Neto. “Dos três (Maia, Meirelles, Alckmin), (o governador paulista) é o que tem candidatura mais consolidada”.


O líder do PSD ressaltou que o ministro da Fazenda, que diz que só decidirá sobre candidatura em março, é preparado para ser presidente do Brasil, mas precisa de apoio político para se viabilizar. “O ministro Henrique Meirelles possui todas as qualificações que o credenciam como um candidato preparado para a gestão do nosso País. (...) Agora, ser preparado e não ter nenhum apoio político não vai para frente. Ele precisa se mexer, se deseja estar à frente”, declarou.


Domingos Neto disse ainda que Meirelles precisa mudar seu perfil e conversar mais com a própria bancada e com outros partidos, se quiser se viabilizar. O líder admite que há um “distanciamento” do ministro em relação a deputados do PSD. “Ele precisa, sim, saber que, se quer ser candidato, todo candidato é político. Pode ser executivo até a hora em que ele não seja candidato ou pré-candidato”, afirmou. “Não existe candidato que não se elege sem pedir votos. E para pedir voto, tem que ser político”.


Para ele, a “grande desvantagem” de Meirelles é o “grande trunfo” de Maia. Ele ressaltou que o presidente da Câmara tem a seu favor pelo menos dois fatores que favorecem a candidatura à Presidência: a boa relação política dentro e fora da Casa e incertezas em alguns partidos do Centrão em relação a quem serão os candidatos e “aonde vai chegar a Lava Jato”. “Rodrigo está percebendo esse momento e pode ser um nome a representar esse segmento”.


Ele afirmou também que, após as mudanças no texto e propaganda na mídia, o apoio à reforma da Previdência cresceu entre deputados. Segundo ele, hoje 2/3 da bancada do PSD - a quarta maior da base aliada, com 38 deputados - devem votar pela aprovação. Até então, a bancada estava dividida. Apesar do apoio, Neto considerou “arriscado” apostar que a reforma será votada na Casa até março, como quer o governo.

Agência Estado

 

 

MOVIMENTAÇÃO


PARTIDOS DE ESQUERDA


De acordo com o presidente do PT no Ceará, Francisco de Assis Diniz, hoje, a Cúpula Nacional do PT deve se reunir com presidentes dos partidos de esquerda (incluindo PDT, PSB e PCdoB), além do presidente da Fundação Fundação Lauro Campos, do Psol. Objetivo do encontro é articular uma frente de esquerda em apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência.

 

Um dia após a condenação pelo TRF-4, o ex-presidente foi anunciado como pré-candidato pelo PT.


A condenação em segunda instância torna a candidatura de Lula incerta. Contudo, cabem recursos que podem garantir a participação do petista no pleito. Lideranças da sigla têm evitado falar em plano B. No entanto, um vice poderia herdar a cabeça de chapa numa eventual prisão ou impugnação do registro de Lula.

 

Gabrielle Zaranza

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