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Justiça Federal mantém Cristiane Brasil fora de Ministério do Trabalho

2018-01-16 01:30:00

O juiz federal Vladimir Vitovsky, que está atuando como substituto no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), no Rio de Janeiro, negou na tarde de ontem, os embargos de declaração apresentados pela Advocacia-Geral da União (AGU) para tentar derrubar a decisão liminar que suspendeu a posse de Cristiane Brasil (PTB) como ministra do Trabalho.


Assim, Cristiane continua proibida de assumir o cargo. Cristiane, que é filha do ex-deputado federal e atual presidente do PTB Roberto Jefferson, foi anunciada como ministra do Trabalho do presidente Michel Temer (MDB) no dia 3 de janeiro. Na segunda-feira passada, 8, a posse de Cristiane foi suspensa por decisão liminar emitida pelo juiz federal Leonardo da Costa Couceiro, da 4ª Vara Federal de Niterói, do Rio.


Ele atendeu pedido apresentado em ação popular por um cidadão comum. “Este magistrado vislumbra flagrante desrespeito à Constituição Federal no que se refere à moralidade administrativa, em seu artigo 37, caput, quando se pretende nomear para um cargo de tamanha magnitude, ministro do Trabalho, pessoa que já teria sido condenada em reclamações trabalhistas, condenações estas com trânsito em julgado”, escreveu o magistrado, que impôs multa de R$ 500 mil em caso de descumprimento.


Na decisão, além de manter a decisão do juiz de Niterói, Vitovsky fixou a competência da 4ª Vara Federal de Niterói e ordenou que os outros seis processos com o mesmo objeto apresentados à Justiça Federal do Rio de Janeiro sejam encaminhados para essa Vara. São os processos ajuizados na 1ª Vara Federal de Magé, na 1ª Vara Federal de Teresópolis, na 14ª Vara Federal do Rio de Janeiro, na 1ª Vara Federal de Nova Friburgo, na 1ª Vara Federal de Campos e na 1ª Vara Federal de Macaé.


Governo

Ainda na manhã de ontem, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, comentou a expectativa de conseguir na Justiça manter a posse da deputada. “Cristiane Brasil, neste momento, é questão do Judiciário. O governo recebeu uma recomendação do PTB, entende que ela tem condição de ser uma boa ministra”, disse.

 

Marun lembrou que a nomeação é um “ato privativo do presidente da República”, que isso está na constituição e que o governo confia na Justiça.

com agências

 

Gabrielle Zaranza

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