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Imbassahy pede demissão do governo do governo

2017-12-09 01:30:00

O tucano Antonio Imbassahy pediu demissão ontem do comando da Secretaria de Governo, um dia antes da convenção nacional do PSDB que decidirá os rumos do partido.


O deputado Carlos Marun (PMDB-MS), relator da CPI Mista da JBS, assumirá o cargo, cuidando da articulação política com o Congresso em um momento em que o governo Michel Temer enfrenta dificuldades para votar a reforma da Previdência. Os tucanos estão divididos em relação às mudanças nas aposentadorias.


Em carta de três páginas enviada a Temer, Imbassahy disse que foi um grande desafio atuar na função em um período de radicalização pós-impeachment, com uma grande fragmentação partidária, “em meio a enormes dificuldades econômicas e fiscais”. “Agora precisamos novamente do apoio do Congresso para avançar com a reforma da Previdência, garantindo sustentabilidade ao sistema em benefício das próximas gerações”, escreveu o ex-ministro, que reassumirá o mandato de deputado federal.


Na carta, Imbassahy não menciona o racha do PSDB, que hoje elegerá o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para a presidência da legenda. Alckmin deve anunciar que o partido está fora da base do governo.


Fiador da entrada dos tucanos no primeiro escalão, o senador Aécio Neves (MG) já havia sugerido que Temer e os ministros acertassem as demissões individualmente até a convenção.


Para o senador Tasso Jereissati (CE), a decisão foi tardia, mas consolida a saída do PSDB da base. “Demorou demais. Mas antes tarde do que nunca. Amanhã não somos mais da base. Somos a favor das reformas, independentemente de cargos ou verbas”, disse Tasso. 

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