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Garotinho deixa prisão em Bangu, no Rio de Janeiro

2017-12-22 01:30:00
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O ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR) foi libertado da cadeia ontem e irá passar o Natal em casa. Ele estava preso havia um mês, acusado de crimes eleitorais, de liderar uma organização criminosa que extorquia empresários e de receber dinheiro da JBS.


Garotinho estava em Bangu 8 e foi solto por ordem do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, que suspendeu na quarta-feira, 20, a prisão preventiva.


A mulher de Garotinho, a ex-governadora Rosinha Garotinho (PR), presa no dia 22 de novembro com ele, já havia sido solta no dia 29, e está em casa, com tornozeleira eletrônica.

[SAIBAMAIS]
Ontem, na entrada do complexo de presídios de Bangu, antes da soltura do ex-governador, a secretária municipal de Desenvolvimento, Emprego e Inovação do Rio, Clarissa Garotinho, filha do casal, afirmou que “nada vai reparar” o que o pai passou na prisão. Garotinho alega ter sido agredido em sua cela, e estava em greve de fome havia seis dias.


“É isso que as pessoas precisam levar em consideração, que ele foi humilhado, agredido dentro da cadeia, por causa de uma prisão ilegal (a mando) de um juiz eleitoral de Campos, que tem praticado vários atos arbitrários contra ele”, afirmou Clarissa, emocionada.

“Estávamos tristes achando que ele não ia poder passar o Natal
com a gente.”


Em sua decisão, Gilmar argumentou que não existiam pré-requisitos que justificassem a prisão preventiva.


O ministro alegou que o Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) não indicou nenhuma conduta de Garotinho que revelasse “minimamente” tentativa de afrontar a garantia da ordem pública ou econômica.


Garotinho enviara no dia 15 uma carta endereçada à direção de Bangu 8 informando que permaneceria em “jejum por tempo indeterminado” por ter sido preso injustamente e por estar no “limite do sofrimento”. Ele já havia feito o mesmo em 2006, quando era pré-candidato à Presidência da República e ficou onze dias sem comer.


“Minha atitude é um grito de desespero contra a injustiça que venho sofrendo, abalando fortemente minha família, como visto durante a visita da última quarta-feira. Rosinha está com síndrome do pânico e meus filhos estão traumatizados. Tenho sido covardemente perseguido por juízes e promotores da cidade de Campos, que agem para proteger um desembargador que denunciei junto com a quadrilha do ex-governador Sergio Cabral. Em um ano, fui preso três vezes pela Justiça Eleitoral de Campos, por crimes que não cometi”, escreveu então, referindo-se à divulgação de informações. 

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