O deputado federal Paulo Maluf se entregou na última quarta-feira, pela manhã, após o ministro do Supremo Edson Fachin determinar o trânsito em julgado da ação penal em que o deputado foi condenado por lavagem de dinheiro à pena de prisão em regime fechado.

A condenação da Primeira Turma do STF foi por desvios milionários em obras viárias como o Túnel Ayrton Senna e a Avenida Água Espraiada, em São Paulo, na época em que foi prefeito. Fachin considerou inadmissível um novo recurso da defesa do parlamentar.

Um pedido da defesa de suspensão da execução da pena foi negado anteontem pela presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, que afirmou que a saúde do condenado é algo a ser analisado por um juiz de execução penal, e não pelo STF.

Em um trecho da decisão, Cármen Lúcia afirma que, apesar da condenação em 23 de maio deste ano, "persiste o autor da presente ação (Paulo Maluf) a opor recursos buscando esquivar-se do cumprimento da pena na forma imposta por este Supremo Tribunal". "O quadro clínico do sentenciado deverá ser objeto de perícia pelo órgão competente e intercorrências comprovadas na saúde do condenado deverão ser averiguadas", diz a decisão. (Agência Estado)