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PT da Câmara define apoio a André Figueiredo

2017-02-01 01:30:00

Em votação simbólica, a bancada do PT decidiu ontem, de forma unânime abrir mão de compor a Mesa Diretora da Câmara com o candidato Rodrigo Maia (DEM-RJ) e fechou apoio à candidatura de André Figueiredo (PDT-CE) para a presidência da Casa.


Em um gesto de consolidação do bloco dos partidos de oposição, os deputados petistas ressaltaram o comportamento solidário de Figueiredo com o PT e enfatizaram que ele foi combativo na defesa do governo da presidente cassada Dilma Rousseff. “É uma candidatura importante num momento em que é necessário marcar posição no País”, disse o líder da bancada na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP).


Figueiredo foi recebido com aplausos pela bancada, formada por 58 deputados. Na reunião, de quase duas horas, nem os defensores de Maia sustentaram a possibilidade de apoiá-lo formalmente. Não foi definida qual será a posição da sigla caso Figueiredo fique fora do segundo turno.


Zarattini reconheceu que a pressão da militância sobre os petistas foi decisiva para que o partido fechasse com Figueiredo, ex-ministro das Comunicações de Dilma. “A militância se colocou de uma forma muito forte, muito assertiva no sentido de que houvesse essa unidade do campo de esquerda e isso influenciou a bancada”, disse.


A intenção do bloco agora é reverter a decisão do PCdoB, que anunciou apoio a Maia e tem rejeitado voltar atrás da decisão.


Candidatura de André Figueiredo tem sido defendida por demais segmentos da oposição, como Psol e Rede, contando sobretudo com apoio do ex-ministro Ciro Gomes (PDT). Em entrevistas recentes, Ciro fez duras críticas a um possível apoio do PT à candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ).


Apesar do fortalecimento da chapa de André, no entanto, o deputado dificilmente alcançará votos suficientes para desbancar Maia ou Jovair Arantes (PTB-GO) da disputa. O primeiro conta com base de partidos aliados do governo Temer no Legislativo. Já Arantes é impulsionado pelo chamado “Centrão”, arco de sustentação fundamental para eleição de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no comando da Casa em 2014. (com agências)

 

Adriano Nogueira

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