Enquanto o Rio segue sem data para terminar de pagar a folha de janeiro e o 13º salário, o desgaste político do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) mantém seu curso. Ontem, a bancada do Psol protocolou na Assembleia Legislativa fluminense (Alerj) pedido de impeachment de Pezão e do vice, Francisco Dornelles (PP).

Mesmo que o processo de impeachment ainda tenha de trilhar um caminho árduo, incluindo a admissão pelo presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), o movimento ocorre às vésperas de uma batalha.

Na próxima segunda-feira, os deputados estaduais começam a votar a privatização da estatal de águas e esgoto Cedae, garantia para novos empréstimos, com aval da União, de R$ 3,5 bilhões, uma das contrapartidas do plano de ajuda federal.

No pedido de impeachment, o Psol alega que Pezão e Dornelles cometeram crime de responsabilidade por não investir o mínimo constitucional em saúde, conceder benefícios fiscais e contrair empréstimos com preço em dólar e juros flutuantes. O mandato de Pezão e Dornelles foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral, por abuso de poder econômico, mas ainda cabe recurso.

“O impeachment foi pedido por crime de responsabilidade, não porque o governo é ruim. Governo ruim se derrota na eleição. É um governo que cometeu crime”, afirmou o deputado Marcelo Freixo (Psol). (Agência Estado)