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Gilmar critica 'alongadas prisões' na Lava Jato

2017-02-08 01:30:00

O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes fez ontem críticas à condução da Operação Lava Jato na primeira instância. "Temos um encontro marcado com as alongadas prisões que se determinam em Curitiba. Temos que nos posicionar sobre esse tema, que conflita com a jurisprudência que construímos ao longo desses anos", afirmou Gilmar.


A declaração do ministro foi dada durante o primeiro julgamento relativo à Lava Jato após o sorteio que definiu o ministro Edson Fachin como relator, no lugar de Teori Zavascki, morto em 19 de janeiro, e um dia depois da indicação do ministro licenciado da Justiça, Alexandre de Moraes, para o STF.


Em sua "estreia" como relator da Lava Jato, Fachin negou recurso da defesa do ex-tesoureiro do PP João Cláudio Genu, condenado a oito anos de prisão por corrupção e associação criminosa no esquema de corrupção na Petrobrás. O julgamento do recurso foi feito na Segunda Turma do STF, que reúne, além de Fachin, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Celso de Mello e Gilmar Mendes. Por unanimidade, o colegiado rejeitou recurso de Genu.


A defesa de Genu alega que juiz Sergio Moro teria usurpado competência do STF ao conduzir investigação envolvendo fatos que já estariam sendo apurados em inquéritos no Supremo.

Adriano Nogueira

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