Dize-me quem admiras...
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Dize-me quem admiras...

2018-09-02 00:00:00

A Anistia Internacional, assim como a Comissão de Direitos Humanos da ONU, é citada como acima de qualquer suspeita pela esquerda quando o assunto é a Ditadura brasileira. E, em verdade, não há nenhum indício que desabone a conduta e o papel histórico da organização. O ano de 1972 marcou o lançamento pela Anistia Internacional de um de seus primeiros relatórios globais sobre a tortura. O Brasil foi o destaque do documento.

 

A esquerda brasileira, contudo, não costuma comentar as observações feitas pela Anistia quando o foco é outra ditadura, a cubana. Em relatório de fevereiro falava em "restrições indevidas" de liberdade de expressão e ao acesso na internet como novas formas de censurar, além dos métodos tradicionais. O Governo é acusado de fazer detenções arbitrárias e o assediar pessoas críticas ao Regime.

 

Na sexta-feira passada, a mesma Anistia voltou a criticar o decreto que proíbe conteúdos "obscenos", "vulgares" ou "prejudiciais aos valores éticos e culturais". A cena artística de Cuba sofre. E luta. Na campanha #NoAlDecreto349, artistas fazem abaixo-assinados, recitais e concertos, enviam cartas abertas ao governo e divulgam vídeos de rap no YouTube. O decreto, assinado pelo novo presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, em abril passado, foi publicado em julho e deverá entrar em vigor em dezembro. Muito triste se deparar com a censura em 2018. Mal comparando, este tipo de coisa não acontece na Broadway.

 

Saiba o que seu candidato pensa sobre este assunto. Isto dirá muito sobre quem ele é.

 

As invenções na segurança

No Ceará, até meados dos anos 1980, pelo menos, nem delegado havia para todos os municípios. Um sargento da PM tinha de dar conta da função de polícia judiciária em muitas cidades. Davam o nome de "delegado especial". Uma invenção para compensar o parco efetivo da Polícia Civil. Nos últimos anos, a grande invenção foi um modelo de policiamento que utiliza motocicletas e faz abordagens relâmpago de pobres. Deram o nome de Raio. Criada no Governo Lúcio, é expandida pelo Governo Camilo. A invenção da Era Cid Gomes, o Ronda do Quarteirão, com modelos de carros bem caros e policiais idem, discretamente foi desidratado.
Outras haverá. Entretanto, não há muito mais o que inventar.

 

Primeira semana

Os efeitos da primeira semana de propaganda eleitoral no rádio e na TV poderão ser vistos na pesquisa XP/Ipespe. O resultado será divulgado na sexta-feira, dia 7.


Depois da meia noite

Nesta segunda-feira (3), à 00h30, a Rede Bandeirantes entrevista o candidato à Presidência da República pelo MDB Henrique Meirelles. Pela hora, vai falar com a classe média para cima e insone.

 

Como nossos pais

Alguém já disse que nada mais parecido com um tucano paulista do que um petista de São Paulo. Olhando para Alckmin e Haddad, vemos angulação bem parecida no jeito de ver o mapa do Brasil. Depois de cinco eleições seguidas com o mesmo duelo, vemos como ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais.

 

Não é Playstation

A decepção com a má política gera o discurso da anti-política, igualmente uma distorção. Dar de ombros para o jogo político, uma realidade, gostem ou não, torna por vezes frágil o discurso de João Amoedo (Novo), por exemplo. O jogo será jogado neste gramado aí, com buracos no campo, juiz ladrão e torcida que invade.

 

Os incorrigíveis

É arrogante e impertinente a nota assinada pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, sobre a decisão do TSE de barrar as pretensões eleitorais de Lula. Diz no texto que " o povo brasileiro tem o direito de votar em que melhor o representa. E o Judiciário tem de fazer valer esses direitos." Quem decide pelo povo quem melhor lhe representa?

 

JOGO RÁPIDO

Acusam Jair Bolsonaro de intolerância, por conta das opiniões que desagradam, mas é justamente o ódio que o empurra para frente.
Sua oposição é ingênua, a ponto de acusá-lo de tudo o que seus eleitores mais admiram.

 

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