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Cerveja é assunto de mulher

2018-05-11 01:30:00
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VOCÊ SABIA que, se não fossem as mulheres, não estaríamos hoje bebendo nosso tão querido pão líquido? As mulheres sempre tiveram um papel crucial na história da cerveja. Há evidências de que a cerveja é produzida há mais de 6.000 anos e de que, por muitos milênios, eram elas as responsáveis pela produção e comercialização da bebida (enquanto os homens saíam para caçar ou guerrear, elas cuidavam da colheita, da armazenagem e do preparo dos alimentos). E elas bebiam, claro!

 

O mais antigo registro de receita de que se tem notícia, de cerca de 1.800 a.C., é uma ode à deusa suméria Ninkasi. No código de Hamurabi, os babilônios fazem referência às mulheres produtoras de cerveja e que eram as donas das tabernas. Foi uma Abadessa do século XII, Hildegard von Bingen, quem primeiro registrou estudos sobre as propriedades conservantes do lúpulo e sua adequabilidade para uso na cerveja.


Com exceção da produção nos mosteiros, na Idade Média, só na era da Revolução Industrial, por volta do século XVIII, que a cerveja deixa de ser essencialmente artesanal, feminina, e passa a ser dominada pelos homens, donos dos processos industriais. Atualmente, há não só um movimento pela volta da produção artesanal, como muitas mulheres estão voltando para as cozinhas cervejeiras e ganhando cada vez mais espaço. Que tal provar uma cerveja que teve o toque de uma mulher na produção?


PINK LEMONADE, colaborativa das cervejarias Dádiva e 2Cabeças, ambas com sócias mulheres. Uma Berliner Weiss com adição de framboesa, amora e limão.


SUMÔ, novidade da cervejaria Japas, que têm três mulheres como sócias e cervejeiras. Uma Imperial IPA com adição de Yuzu, um fruto de sabor muito presente na cultura oriental.


DEMOISELLE, da Colorado, cervejaria do portfólio da Ambev que tem uma mulher como mestre-cervejeira. Uma Porter com adição de café.


PARA SEGUIR E CURTIR

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Muitas mulheres cervejeiras usam o Instagram para dar dicas e mostrar o dia a dia de quem trabalha com isso. Seguir os perfis delas é uma ótima forma de se inteirar das novidades e aprender. Aqui de Fortaleza, a sommelière Lia Nobre (@liasommeliere) está sempre antenada nos eventos cervejeiros da cidade; de Belo Horizonte, vale seguir a superativa coordenadora do Instituto da Cerveja Brasil Priscilla Colares (@pricolares_); se sua praia é produção de cerveja, acompanhe as dicas sobre fermentação da Fernanda Fregonesi (@yeastfacts), de Curitiba; para uma imersão no mundo da gastronomia, a paulista Carolina Oda (@carolinaoda) é imperdível.


SEM ÁLCOOL


Muitos dizem que cerveja sem álcool não é cerveja, até porque o álcool é resultado natural do processo de fermentação e as cervejarias precisam realizar um processo a mais na produção para garantir a retirada dele. Entretanto, se você está grávida ou é a/o motorista da vez e está com sede de cerveja, porque não aproveitar o leque cada vez maior de opções sem álcool do mercado? Além das marcas brasileiras mais famosas e acessíveis como Brahma, Itaipava e Bavária oferecerem suas versões de standard lagers 0,0%, é possível encontrar rótulos importados sem álcool de outros estilos, como as de trigo alemãs Schneider Weisse Tap 3, Erdinger Alkoholfrei e Paulaner Hefe-Weiss Alkoholfrei. Vale dizer que, de acordo com a legislação brasileira, cervejas com até 0,5% de teor alcoólico podem ser classificadas como “sem álcool”.

 

Gabrielle Zaranza

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