Voz da Fórmula 1 no Brasil, Sérgio Maurício fala sobre nova temporada da categoria

Primeiro Grande Prêmio da temporada acontece neste domingo, 20, no Bahrein. Narrador da Band, que exibe a competição, comenta expectativa para nova edição do campeonato mundial da categoria após mudanças em regras e nos carros

A edição número 73 do campeonato mundial de Fórmula 1 começa neste domingo, 20, ao meio-dia, com o Grande Prêmio do Bahrein. Modificações nas regras e, principalmente, na parte aerodinâmica dos carros prometem deixar a disputa mais equilibrada e acirrada.

Algumas equipes modificaram a dupla de pilotos. George Russell deixou a Williams e agora é parceiro de Lewis Hamilton na Mercedes; com isso, a equipe britânica trouxe Alexander Albon para correr ao lado de Nicholas Latifi. O finlandês Valtteri Bottas encontrou espaço na Alfa Romeo e divide paddock com o estreante Guanyu Zhou. Já na Haas, Mick Schumacher terá como nova dupla Kevin Magnussen.

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Às vésperas da primeira corrida do ano, O Esportes POVO conversou na última sexta-feira, 18, com a voz das transmissões da categoria no Brasil. O narrador Sérgio Maurício, da TV Bandeirantes, falou da expectativa para a atual temporada, das novidades que serão vistas nas pistas e se acredita que a briga pelo título ficará novamente polarizada entre Hamilton e Verstappen.

O POVO - A temporada passada foi surpreendente, com disputa pelo título até a última corrida e ultrapassagem decisiva na última volta. Isso pode atrair mais espectadores para este ano? Como fica a expectativa?

Sérgio Maurício - A disputa da temporada passada foi espetacular. É claro que isso foi uma das coisas que atraiu muito os espectadores. Agora, em relação ao ano passado, a gente não pode gerar uma expectativa de que esse ano vai ser igual ou melhor porque o que aconteceu nunca havia acontecido em 71 edições do campeonato mundial de Fórmula 1. Na edição de 72, ou seja, quando a Fórmula 1 chegou aos 72 anos é que teve uma temporada como essa, mas é claro que o sarrafo está lá no alto e a expectativa é grande.

O POVO - Nas transmissões do ano passado, muito se comentou das mudanças na categoria para esse ano, que viria uma nova Fórmula 1. Que mudanças você destaca, que podem esquentar a briga nas pistas?

Sérgio Maurício - As principais mudanças este ano estão na parte aerodinâmica do carro, que mudou totalmente o conceito. Se você colocar o carro do ano passado ao lado do deste ano, vai ver que as linhas e absolutamente tudo foi modificado. Também os pneus, que passaram de aro 13, assim como as rodas, para aro 18, dando um aspecto mais agressivo ao carro. Ficou realmente muito mais bonito. Essas mudanças vieram para tentar com que o grid ficasse mais compacto para que houvesse mais disputas e tivesse menos desigualdade, digamos assim.

O POVO - Acredita que teremos mais um embate direto entre Hamilton e Verstappen ou pode surgir um novo concorrente para o título em 2022?

Sérgio Maurício - Que a gente vai ter um combate direto entre o Hamilton e o Verstappen, acho que isso só vai acabar se um dos dois for para uma escuderia que não possa lhes dar um carro à altura ou então se o Hamilton, que acredito, se aposentar antes do Verstappen. Agora, que a gente está querendo um terceiro, um quarto,um quinto piloto para disputar com os dois, isso sem dúvida nenhuma. E pode aparecer. Na nova Fórmula 1, totalmente modificada, a gente viu nos testes que algumas equipes podem sim surpreender. Como é o caso da Ferrari, a própria AlphaTauri; Elas têm uma possibilidade grande de colocar um dos dois pilotos para brigar por algumas corridas.

O POVO - Havia a possibilidade de ter um brasileiro no grid este ano, que acabou não se concretizando. De toda forma, Ele correria por uma escuderia da qual se cria pouca expectativa. Na sua opinião, para o público brasileiro, valeria a pena ter um compatriota na categoria mesmo que as chances de concorrer, teoricamente, não fossem boas?

Sérgio Maurício - Eu acho que para o Pietro (Fittipaldi) é uma furada ir pra Hass, apesar da equipe ter surpreendido no treino livre de hoje (sexta-feira, 18). Eu não acredito na Haas como equipe em termos de futuro. É uma equipe dependente ainda de uma pessoa que colocava dinheiro e comprava o lugar e não menos aconteceu isso com o Magnussen, agora. Ele veio porque trouxe um patrocínio para ajudar a equipe nas despesas da temporada 2022. Ele foi mandado embora, sendo chamado pelo Guhnther Steiner (chefe da equipe Haas) de idiota e imcompetente, mas aí no ano seguinte ele presta porque ele traz um dinehiro, então ele é aceito na equipe de novo. Acho que sentar num carro de Fórmula 1 só por sentar, pode talvez ser uma aspiração do piloto, uma coisa pessoal, mas acho que benéfico para a carreira dele não seria. É bom ele tentar outros meios, tentar outras categorias, se não tiver chance na Fórmula 1.

O POVO - Vamos falar da cobertura da Band, que ano passado já tratou a F1 muito bem, com transmissões mais detalhadas, pós-corrida e outras coisas. E para este ano, que novidades o público pode esperar da cobertura da emissora?

Sérgio Maurício - A gente vai tentar fazer o que estávamos fazendo e melhorar. A transmissão ficou bem consistente, bem azeitada do ponto de vista de transmissão de televisão; conseguimos acertar o ponto, ficar com o roteiro bem desenhado, aí é só fazer um polimento aqui e ali. Diferenças na transmissão vão acontecer e o público vai perceber em relação à parte gráfica, o grafismo mudou bastante. Mudaram todas as artes, estão mais completas, todas as informações no vídeo vão vir mais bonitas. E a gente vai ter durante a corrida o drone, isso é uma novidade. Já temos o helicóptero, que é super legal, mas vai ter uma imagem de cima mais aproximada que é o drone. Então essa vai ser uma modificação bacana e estou ansioso para ver. E também as câmeras nos capacetes dos pilotos, que ano passado era uma só e foram em algumas corridas. Agora, a cada corrida serão quatro, então é mais ou menos o ponto de vista do piloto que a gente vai sentir ali na hora, na transmissão.

O POVO - Você é a voz da F1 no Brasil. Qual o tamanho dessa responsabilidade?

Sérgio Maurício - Eu sou locutor esportivo há 44 anos, trabalhei muitos anos em rádio, também estou há anos em televisão. Claro que tenho uma responsabilidade muito grande, eu assumi essa responsabilidade na temporada passada, quando saí do Grupo Globo, depois de 29 anos. Pedi demissão para vir trabalhar na Band, acreditando no projeto e acreditando naquilo que sei fazer. então a responsabilidade, claro que até aumenta, pelo sucesso que a transmissão na Band fez e pelos números que alcançamos, mas a responsabilidade está sempre acima de tudo. Eu tenho que ser muito fiel ao que fiz ano passado e tentar melhorar o que eu puder fazer em termos de transmissão.

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