Douglas Souza, do vôlei, diz ter sofrido homofobia em aeroporto na Europa

Por meio de suas redes sociais, o ponteiro do vôlei do Brasil, Douglas Souza, detalhou o caso de homofobia. "Não achei normal. Eu sei o que eu vivi. Foi muito constrangedor", disse ele

O ponteiro da seleção brasileira de vólei, Douglas Souza, relatou nessa terça-feira, 7, por meio de suas redes sociais, que foi vítima de homofobia durante viagem à Europa. O episódio ocorreu em um aeroporto na Itália, quando o atleta e o seu namorado estavam realizando uma ponte aérea de Amsterdã, na Holanda, para Roma.

“Hoje é um dos piores dias da minha vida. Foi horrível, está sendo horrível. Só não vou contar realmente tudo o que aconteceu hoje porque eu tenho medo deles tirarem a minha passagem e me deportarem, e aí eu não vou conseguir chegar na Itália. Foi horrível! Puro preconceito, homofobia, vocês não tem noção. Eu vou, sim, explanar isso, porque eu não mereço, ninguém merece isso”, disse o atleta ainda na terça, nos stories do Instagram, antes de detalhar a história completa hoje, 8.

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Instalado em seu apartamento, na Itália, Douglas utilizou novamente seu perfil no Instagram, nesta quarta, para contar tudo o que ocorreu no dia anterior. Segundo o atleta, a situação 'constrangedora' aconteceu no momento da passagem pelo controle de passaporte.

"O cara conversou comigo super de boa. Perguntou o que eu ia fazer na Itália, eu expliquei, disse que era jogador de vôlei, que tinha sido contratado por tal time. Ai ele perguntou quem era o Gabriel. No momento em que eu expliquei que era meu namorado, a fisionomia dele mudou na hora, e o tratamento também", relatou o jogador.

Segundo Douglas, os responsáveis pelo controle de passaporte não queriam aceitar a entrada de seu namorado no país. "Depois de cinco/seis horas, eles me chamaram numa salinha e fizeram uma entrevista. Só que chegou na mesma 'tecla' de quem era o Gabriel. E aí eu tentava explicar que era meu namorado, mas mesmo assim não queriam deixar de jeito nenhum ele passar", descreveu.

O casal só foi liberado após o fechamento do aeroporto e eles só puderam pegar o voo para Roma no dia seguinte. "A gente ficou literalmente o dia inteiro esperando. E quando deu 11 horas da noite, que não tinha mais voo para Roma, eles liberaram a gente. E ai, a gente teve que ficar dormindo dentro do aeroporto. Passei 15 horas no aeroporto, quando deveria ter passado umas três horas no máximo", disse o ponteiro.

Douglas finalizou seu relato dizendo que não pretende prolongar o assunto. "Eu vivi aquilo, eu sei o olhar, o jeito que trataram eu e meu namorado na frente de todo mundo. Foi uma situação muito constrangedora. Enfim, eu não quero ficar prolongando o assunto, vocês sabem que eu gosto de passar coisas boas. Mas, infelizmente, é importante falar disso pois existe", concluiu.

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