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Coronavírus: Fortaleza faz simulações financeiras e projeta prejuízo de até 50% nas receitas

Clube já se movimenta internamente para se preparar para o impacto, mas aguarda definição de "ordem superior" para ter um norte
11:04 | Mar. 23, 2020
Autor Vinícius França
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Vinícius França Repórter de Esportes do O POVO
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Tipo Notícia

Passado o choque da suspensão de campeonatos mundo afora e nacionalmente, os clubes brasileiros tentam assimilar os efeitos causados pelo novo coronavírus e começam a se movimentar internamente. Esportes O POVO apurou que o Fortaleza já faz simulações para prever o impacto que a ausência de campeonatos pode causar nas contas. O clube trabalha com um prejuízo de 30 a 50% da receita.

Em 2020, a diretoria do Leão projetou um orçamento recorde na história do clube: R$ 109 milhões. Caso o pior cenário seja confirmado, o déficit pode chegar a até R$ 54,5 milhões. Internamente, a diretoria também calcula a possibilidade do prejuízo ultrapassar a casa dos 50%. As simulações financeiras são baseadas em vários cenários: férias antecipadas, ausência de férias e reduções de receita, entre outros.

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Mesmo inserido em um contexto ainda cheio de indefinições, o Fortaleza já prevê quais fontes de receita serão diretamente prejudicadas pela paralisação das competições: sócio-torcedor, patrocinadores, futebol, borderô (bilheteria e venda de ingressos), venda de produtos e licenciamento. A arrecadação com cotas de televisão também deve sofrer impacto significativo.

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Todas essas projeções, porém, podem mudar até segunda ordem. O Fortaleza aguarda uma definição a nível superior, que pode vir da CBF ou dos sindicatos dos atletas, representados pela Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf). Uma decisão dos clubes em conjunto com a Confederação também não é descartada. Assim que houver uma determinação, o clube deve ter ideia do que esperar nos próximos meses.

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Na última sexta-feira, os presidentes de várias equipes brasileiras se reuniram com a CBF e apresentaram propostas para flexibilizar a remuneração dos atletas e diminuir os impactos da crise. Redução salarial, incluindo direitos de imagem e CLT, e férias antecipadas foram algumas das propostas apresentadas. A projeção de prejuízo do Fortaleza está alinhada à análise de um especialista em marketing esportivo, que espera um déficit de cerca de 40% nas receitas.

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