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Coronavírus pode reduzir números de sócio-torcedores; clubes cearenses valorizam programas

Programas de fidelidade não passarão imunes a crise provocada pela pandemia do coronavírus

O sócio-torcedor é considerado a receita mais perene para o futebol brasileiro na atual situação. Entretanto, os programas de fidelidade não passarão imunes à crise provocada pela pandemia do coronavírus. Em meio ao surto da doença, o setor paralisou todas as atividades, impactando a economia dos clubes.

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Fernando Ferreira, especialista no mercado futebolístico, explica que os programas de sócios-torcedores vão enfrentar duas pressões de redução. "A primeira de jogos, que pode levar torcedores a cancelarem os planos. A segunda: haverá aumento do desemprego e da incerteza do futuro, o que fará com que os torcedores também cortem suas despesas", publicou o economista em artigo neste domingo, 22.

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O Esportes O POVO ouviu os presidentes dos dois principais clubes do Estado, Ceará e Fortaleza, sobre a atual situação. Robinson de Castro e Marcelo Paz, mandatários do Alvinegro e do Tricolor respectivamente, ressaltaram a importância do programa de fidelidade neste momento de crise.

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"O programa de sócio, talvez, seja a receita mais importante do clube", comentou Robinson, que admitiu cenário "obscuro" provocado pelo coronavírus. "Será a receita mais certa que vamos ter. Não sabemos como vai se comportar o mercado e os contratos que nós temos. Mas o fato é que o torcedor e, principalmente, aquele que aderir ao programa de sócio realmente vai estar ajudando na manutenção das nossas operações, mesmo que mínimas, num momento de muita dificuldade", completou.

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Marcelo Paz projeta que os sócios não terão perda de produto. A vantagem de ser sócio, que paga ingresso mais barato, e o clube, em período que não há jogos, possui uma receita perene. Lembrar que nenhum jogo foi cancelado em definitivo. Os jogos que não estão acontecendo, até agora, devem acontecer em outro período. O torcedor não teria perda de produto até o momento."

O presidente do Ferroviário, Newton Filho, também conversou com o Esportes O POVO. O mandatário da terceira maior força do Estado fez um apelo à torcida coral. "Nós pedimos que o sócio entenda e compreenda a situação do clube. É o momento de maior necessidade dessa receita que temos previsto mês a mês. O torcedor que puder continuar pagando seu sócio e aquele que puder aderir nesse momento. Estamos trabalhando para mantermos a receita."

Atualmente, o Ceará possui 22.061 sócios-torcedores ativos, enquanto o Fortaleza tem 34.853. O Ferroviário se encontra com 1.106. Os clubes disponibilizam os números em tempo real nos sites de seus programas de fidelidade para a torcida.

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