SSPDS mantém investigações após prisões por briga de torcedores na Caucaia

Ação que resultou na prisão de 34 homens em Caucaia e a apreensão de cerca de 15 artefatos explosivos antes da primeira final do Campeonato Cearense foi detalhada nesta segunda-feira, 1°, pela SSPDS

Em entrevista coletiva cedida nesta segunda-feira, 1°, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS-CE) confirmou que mantém investigações por brigas de torcida e associação criminosa após a prisão de 34 homens em Caucaia e a apreensão de cerca de 15 artefatos explosivos no bairro Cidade dos Funcionários, em Fortaleza, durante a primeira final do Campeonato Cearense de 2024. 

A ação envolve a Polícia Militar, Polícia Civil, a Coordenadoria de Planejamento Operacional (Copol), com o apoio da Secretaria de Esportes (Sesporte) e do Ministério Público (MP-CE), e foi traçada a partir das ocorrências do Clássico-Rei disputado por Fortaleza e Ceará no último sábado, 30, na Arena Castelão.

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De acordo com o delegado da Polícia Civil e diretor do departamento técnico e operacional, Fernando Menezes, a ideia de dar continuidade aos trabalhos investigativos existe para que sejam identificados indivíduos, nomeados por ele como "pseudotorcedores", que de algum modo instigam a violência no Estado em dia de partidas de futebol.

"Apesar da ação positiva e eficaz com a prisão de 31 indivíduos, dentre eles menores de idade, elas não se findaram. Há ainda investigações integradas com a Policia Civil para das continuidade a identificar outros pseudotorcedores, que, direta ou indiretamente, contribuem para violência em dia de jogos. Temos todo o apoio para que a gente possa dar continuidade aos trabalhos investigativos. Essa ação não se encerra por este ato. Por questão de sigilo e para garantir efetividade, algumas situações a gente não pode dar a público", frisou.

O secretário executivo de Inteligência e Defesa Social da SSPDS, Delegado Filardi, salientou que a detenção de torcedores em Caucaia demonstra, inclusive, a efetividade da operação e que por isso ela deve seguir.

"O fato de eles terem sido detidos em uma área distante do estádio de futebol mostra a efetividade da ação policial. As ações da Inteligência puderam prever antes deles se aproximarem do estádio e tomar as medidas previstas na Legislação. Eles foram abordados em conflito e, de acordo com isso, foram detidos e encaminhados para a Delegacia Civil", explicou.

Brigas de torcida e explosivos encontrados

No último sábado, longe da Arena Castelão, 34 pessoas foram detidas suspeita de participação em briga de torcida, que envolveu mais de 200 pessoas. Conforme relatório, policiais militares foram acionados para uma ocorrência de briga entre torcedores de Ceará e Fortaleza em um posto de gasolina no bairro Parque Potira. “Inclusive, teve disparos de arma de fogo no momento e, segundo alguns envolvidos, teria sido disparado por facções ali próximo”, consta no relatório.

Os homens foram autuados por associação criminosa e participação em briga de torcidas (art. 201, §1º, III da Lei Geral do Esporte). Dois deles tiveram a prisão preventiva decretada: Pedro Gomes da Silva e Ravy Araújo da Silva.

Já os demais tiveram a liberdade restituída mediante cumprimento de medidas cautelares. Entre eles está o monitoramento por tornozeleira eletrônica por seis meses e proibição de acesso a estádios de futebol, “bem como qualquer local em que se realize transmissão televisiva de evento esportivo do time do Fortaleza e do Ceará".

No bairro Cidade dos Funcionários, cerca de 15 artefatos explosivos foram apreendidos no mesmo dia, em operação promovida pelas forças de segurança por ocasião da partida. Nenhum suspeito foi preso na ação. (Com Lucas Barbosa)

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