Chefe do Cesp destaca papel da comissão técnica para reduzir lesões no Ceará
André Martins explica constante troca de informações com Léo Condé e seus auxiliares sobre a situação física e clínica dos jogadores do Alvinegro
12:53 | Jun. 28, 2025
A atuação conjunta entre a comissão técnica de Léo Condé e o Centro de Saúde e Performance (Cesp) do Ceará foi fator fundamental para reduzir o número de lesões no elenco em 2025, avalia André Martins, chefe do setor, em entrevista exclusiva ao Esportes O POVO. O profissional destaca a boa relação entre as áreas e a troca de informações para a tomada de decisão sobre utilização ou não dos jogadores em determinados cenários.
As avaliações realizadas pelo centro de saúde indicam o nível de desgaste dos atletas diante do calendário de jogos e treinos e o risco de contusão, o que gera as conversas com a comissão técnica. O contexto também vale para o retorno das peças após período de recuperação e a necessidade de cirurgia, por exemplo, como ocorreu com o volante Richardson.
"A conversa é diária com o Condé, com o Diego (Kami Mura), preparador físico, com auxiliar (Renatinho Negrão), então, diariamente, a gente só está falando praticamente disso. E é uma conversa muito tranquila", garante André Martins, que exalta a comissão técnica.
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"Eu também considero que a comissão tem um papel fundamental nisso. Porque não adianta a gente ter as melhores ferramentas, as melhores estruturas, e a gente não ter uma comissão que respeita e que entende isso. E a comissão do Léo Condé, para mim, é uma referência hoje no Brasil nisso daí. Eles têm uma alta capacidade de gerenciar tudo isso, esses riscos. Têm muito conhecimento para poder pegar essas nossas informações e tomar decisões em relação a treinos, a jogos. Isso, com certeza, é fundamental para os números expressivos que a gente teve de prevenção de lesão nesse primeiro semestre", avalia o chefe do Cesp.
Avaliação física dos atletas
Os atletas têm um protocolo a seguir desde que acordam até o momento de deixar a sede do clube, o que mantém o elenco sob constante monitoramento do Cesp. Martins elogiou o profissionalismo do grupo e o interesse em obter dados sobre as condições.
Ao acordar, os jogadores têm de preencher um formulário online sobre qualidade do novo, nível de desgaste e de dores, por exemplo. Ao chegarem ao clube, vão ao refeitório para o lanche da tarde, passam pela sala da nutrição para ingerir suplementos, vão à fisiologia para avaliação física e iniciam os trabalhos na academia.
Depois do treino no campo, vão para a sala de massoterapia ou para a fisioterapia iniciar o recovery (processo de recuperação pós-atividade). Lá, contam com boas especiais e outros equipamentos que auxiliam a evitar lesões.
"De tecnologias, a gente tem muita coisa aqui. A gente tem a CK (creatina quinase), a PCR (Proteína C Reativa), que são as nossas avaliações bioquímicas. A gente tem a termografia, a fisiologia. Na nutrição, tem as avaliações genéticas que a gente faz. Na odontologia, tem toda a triagem, então os atletas estão constantemente avaliados, porque a gente sabe que as infecções estão associadas com maior risco de lesão. A gente tem equipamentos aí de última geração que ajudam na cicatrização de microlesões", detalha André Martins.