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Mudanças da CBF causam novo choque de datas entre partidas de time feminino e masculino do Ceará

Enquanto time masculino decide vaga na Copa do Nordeste diante do Sport, Alvinegras estarão estreando no Brasileirão A2 contra o Oratório-AP
17:36 | Mar. 09, 2020
Autor Iara Costa
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Iara Costa Repórter do caderno de Esportes
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Tipo Opinião

Quando a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou a tabela detalhada do Brasileirão A-2, que terá a participação de Ceará e Fortaleza, alguns choques de datas entre jogos do time masculino e feminino já apareciam no calendário, evidenciando a falta de atenção do órgão com o tão criticado calendário do futebol brasileiro. 

No caso do Ceará, a partida de estreia no Brasileirão A-2 aconteceria no dia 14, às 15 horas, no estádio Presidente Vargas. Nesse mesmo dia, uma hora depois, o Vovô enfrentaria o Sport-PE, pela Copa do Nordeste, no Castelão. Entendendo que o futebol feminino está em fase de renascimento no estado, seria prejudicial para a modalidade disputar público com o já consolidado futebol masculino. Por entender que a divergência de calendário prejudicaria o público do jogo das Alvinegras, o clube solicitou a mudança de data e horário para a CBF.

A entidade acatou, colocando a partida diante do Oratório-AP para o dia seguinte, 15, às 15 horas. O local do jogo acabou alterado para Itaitinga e ocorreria no estádio Franzé Morais. Recentemente, porém, a equipe masculina classificou-se para a terceira fase da Copa do Brasil e ficou sabendo que jogaria diante do Vitória-BA na próxima quinta-feira, 12, às 19h15min. 

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Pela aproximação com a data do duelo diante do Sport que, como já citado, ocorreria dia 14, às 16 horas, a entidade alterou a data do duelo diante do clube recifense. Tal mudança, porém, fez com que, novamente, a CBF negligenciasse o futebol feminino e as datas de partida entre as equipes masculina e feminina coincidissem.

Não há erro em se alterar a data do jogo do masculino, afinal, o time vem tendo um calendário apertado por estar participando simultaneamente de três competições — Campeonato Cearense, Copa do Nordeste e Copa do Brasil. Porém, novamente, ao resolver uma questão de calendário, a entidade máxima de futebol do País acaba ignorando a agenda dos times femininos. Em um momento de reconstrução de sua história no cenário nacional e internacional, como poderá a modalidade dar qualquer resposta ou até mesmo retorno financeiro, se seu calendário é tido como invisível para a CBF?

O órgão, recentemente, manifestou interesse em trazer para o país uma Copa do Mundo Feminina, mas como achar que a CBF respeitará a competição máxima do esporte, quando ela nem mesmo respeita o calendário da modalidade no país? 

Antes de querer proporcionar aos visitantes um espetáculo de bola, a entidade precisa aprender a arrumar a casa e tratar bem seus "moradores". Caso contrário, proporcionará um show de horrores.

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