Por que o Mundial de Clubes não tem disputa pelo terceiro lugar
Semifinais estão definidas, mas sem medalha de bronze. Entenda por que o novo formato do Mundial de Clubes não terá disputa pelo terceiro lugar
Diferentemente de outras competições organizadas pela Fifa, como a Copa do Mundo de seleções ou o antigo formato do Mundial de Clubes, a edição de 2025 do torneio de clubes mais importante do planeta não contará com a disputa pelo terceiro lugar.
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A ausência da partida, que costumava reunir os derrotados nas semifinais, tem gerado questionamentos entre os torcedores, sobretudo com a proximidade dos duelos entre Fluminense x Chelsea e Real Madrid x PSG, marcados para esta semana.
Sem a disputa do terceiro lugar, o Mundial de Clubes 2025 pode pavimentar o caminho para uma mudança definitiva nos torneios da Fifa. Caso o novo modelo se mostre eficiente em engajamento e logística, a entidade pode adotar essa abordagem também em outras competições futuras.
Mundial de Clubes: entenda o novo formato do torneio
A atual edição do Mundial de Clubes é a primeira a ser disputada com 32 equipes, seguindo um modelo mais próximo do da Copa do Mundo de seleções. A competição, realizada nos Estados Unidos, trouxe uma fase de grupos e etapas eliminatórias que culminaram com as semifinais e a grande final.
Apesar da ampliação da estrutura do torneio, a Fifa optou por não incluir no calendário a disputa do terceiro lugar.
Segundo a própria entidade, o principal motivo está relacionado ao ajuste logístico e ao calendário apertado das equipes envolvidas.
Como os clubes participantes estão em plena pré-temporada após o final de suas competições — como é o caso de PSG, Real Madrid e Chelsea ou em meio aos seus campeonatos nacionais, com o Fluminense, estender a permanência das equipes eliminadas na semifinal para uma partida considerada sem peso competitivo direto causaria impactos operacionais desnecessários.
Mundial de Clubes: uma tendência recente
Apesar de ainda causa estranhamento, o abandono do jogo de terceiro lugar já é uma tendência observada em outros torneios.
Em 2022, durante a Copa do Mundo do Catar, a Al Jazeera publicou um artigo explicando que muitos jogadores e técnicos não viam valor esportivo real na disputa — tratando-se mais de um jogo “de consolo” do que de real importância competitiva.
Embora a Fifa tenha mantido essa partida no torneio de seleções, no caso dos clubes a lógica parece ter sido diferente, considerando o desgaste físico e emocional das equipes envolvidas.
Mundial de Clubes: impacto direto nas semifinais
Com isso, os duelos entre Fluminense e Chelsea, que acontece nesta terça-feira, 8, e entre Real Madrid e PSG, marcado para quarta-feira, 9, ganham ainda mais peso.
Isso porque os perdedores dessas semifinais deixarão o torneio imediatamente, sem chance de garantir um lugar simbólico no pódio.
A decisão impacta diretamente a preparação dos clubes. O Chelsea vê o confronto contra o Fluminense como parte estratégica da sua pré-temporada, mas também como oportunidade de marcar presença na decisão.
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Do lado brasileiro, o Tricolor carioca sonha em disputar o título mundial pela primeira vez — e não ter sequer a chance de um terceiro lugar pode ser um golpe mais duro em caso de eliminação.
Já no confronto europeu, PSG e Real Madrid encaram o torneio como parte fundamental de sua agenda internacional.
Segundo a Forbes, o técnico Xabi Alonso tratará o duelo como uma final antecipada, e o beIN Sports reforça que o clube francês quer aproveitar o novo formato para buscar seu primeiro grande título global, após a conquista da Liga dos Campeões.