Robinho é preso em Santos e cumprirá pena por estupro

Ex-atleta foi detido em Santos na noite desta quinta, 21, após homologação do STJ para que a pena imposta na Itália seja cumprida no Brasil

O ex-jogador de futebol Robinho foi preso pela Polícia Federal (PF) na noite desta quinta-feira, 21, em Santos, São Paulo, após ser condenado em todas as instâncias na Itália pelo crime de estupro, cometido em 2013.

O brasileiro foi sentenciado a cumprir no Brasil a pena imposta de nove anos de detenção após decisão em maioria do Superior Tribunal de Justiça (STJ), na última quarta, 20.

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Robinho foi condenado em 2022 na Itália por um crime de estupro cometido no dia 22 de janeiro de 2013. À época no Milan, da Itália, o ex-jogador participou do episódio de violência sexual contra uma mulher albanesa com outros cinco brasileiros. 

Segundo a denúncia da vítima, na ocasião, o grupo a fez beber até deixá-la inconsciente e “tiveram relações sexuais várias vezes seguidas” com ela.

Em 2014, quando a investigação veio à tona, Robinho negou as acusações de início, mas posteriormente admitiu ter tido uma “relação rápida” com a vítima na noite do crime. Nesse mesmo ano, ele voltou ao Brasil, mesmo sendo convocado para depor no inquérito de investigação do crime, e não viajou mais ao país europeu ou a qualquer local que possuísse acordo de extradição com a Itália. Em 2017, ele foi condenado em primeiro instância e a condenação final italiana ocorreu em 2022.  

Caso Robinho: STJ e pedido de habeas corpus

A Corte Especial do STJ decidiu em fevereiro de 2024 que seria julgado no dia 20 de março o pedido de homologação da sentença da Itália, que condenou Robinho a nove anos de prisão por estupro. Na homologação, o país europeu pretendia que o atleta cumprisse a pena no Brasil. 

A defesa do ex-jogador solicitou ao tribunal que o governo italiano fosse intimado a apresentar uma cópia integral do processo, mas o pedido foi rejeitado com base no fato de que o que seria avaliado era o cumprimento da pena no Brasil e não o processo em si, já que Robinho foi condenado em todas as instâncias na Itália. 

Três dias antes da data imposta pelo STJ, o jogador concedeu uma entrevista ao Domingo Espetacular, da Record, alegando racismo por parte da Justiça italiana. O ex-jogador mencionou que o racismo na sociedade italiana é recorrente e reiterou dizendo que “os mesmos que não fazem nada com esse tipo de ato (racismo) são os mesmos que me condenaram”.

Após a decisão do STJ, ainda na noite da última quarta, 20, a defesa de Robinho, liderada por José Eduardo Alckmin, entrou com pedido de habeas corpus. Nesta quinta, 21, no entanto, a ministra Maria Thereza de Assis Moura comunicou a Justiça Federal em Santos que a prisão do ex-jogador fosse cumprida imediatamente.

O habeas corpus solicitado pela defesa do jogador foi indeferido ainda na quinta pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, que manteve a decretação de prisão de Robinho.

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