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Abaixo-assinado: mais de 200 jogadores no Ceará assinam contra PL que propõe redução em rescisão

No estado do Ceará, 237 profissionais da bola, incluindo atletas do Ceará e do Fortaleza, assinaram abaixo-assinado contra as propostas que atingem a classe

Jogadores de futebol de todo o Brasil têm se unido em movimento contrário a projetos de lei (PLs) que preveem mudanças nas cláusulas de rescisão com os clubes e podem ter redução de até 50%. No estado do Ceará, 237 profissionais da bola, incluindo atletas do Ceará e do Fortaleza, assinaram abaixo-assinado contra as propostas que atingem a classe, segundo o Sindicato dos Atletas de Futebol Profissional do Estado do Ceará (Safece).

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A Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) lidera o movimento nacional e, através dos sindicatos locais espalhados pelo Brasil, convocou a classe de jogadores para assinar o abaixo-assinado contra os PLs. O Esportes O POVO apurou que já são 2 mil assinaturas de jogadores no País.

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O projeto de lei mais recente que causou revolta entre os atletas de futebol é de autoria do deputado deputado federal Arthur Maia (DEM-BA). Apresentado em caráter de urgência como enfrentamento dos efeitos do coronavírus no esporte, a proposta prevê o congelamento das parcelas do Profut (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro) e a redução de 50% da multa rescisória, valor a ser pago aos jogadores em caso de rescisão unilateral por parte dos clubes.

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O documento com as assinaturas dos jogadores será enviado pela Fenapaf ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). No Congresso, os deputados Julio Delgado (PSB-MG) e Julio Cesar Ribeiro (Republicanos-RJ) enviaram emendas para que os artigos sobre a redução em 50%, em caso de rescisão unilateral, sejam retirados do PL. 

"Parcelamento de Profut e clube empresa são temas que não temos interesse. Não admitimos que no meio (dos projetos) coloquem o absurdo de retirar os direitos dos atletas sem que tenha havido qualquer debate, aproveitando a pandemia para justificar. Já não basta a maioria só ter trabalho durante três meses no ano, ganhar até dois salários mínimo (90%), não receber e ainda ter que ser mais sacrificado para cobrir rombos por administrações erradas? Somos contra, a conta não deve ser paga pelo atleta", afirmou o presidente da Fenapaf, Felipe Augusto.

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O movimento contrário ao PL do deputado Arthur Maia ganhou ainda mais repercussão entre os jogadores após posicionamento do ex-atleta e senador Romário (Podemos-RJ). Nas redes sociais, o parlamentar classificou a proposta como "absurdo". Vários atletas comentaram na publicação e agradeceram o apoio.

No futebol local, jogadores de Ceará e Fortaleza, como Bergson, Samuel Xavier, Mateus Gonçalves, Osvaldo, Quintero e Juninho, se manifestaram contrário a PL.

Atletas que vestiram as camisas de Ceará ou Fortaleza também reforçaram a posição contrária ao projeto de lei, como Everson, Felipe Jonatan, Marinho e Cassiano. Além deles, jogadores como Fábio, Robinho, Everton Ribeiro, Diego Ribas e Pedro Rocha se manifestaram contra à proposta do deputado federal.

O documento com as assinaturas dos jogadores será enviado pela Fenapaf ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

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