"Os amores da minha vida": a relação de Alan Neto com esposa, filha e neta

Jornalista do O POVO abriu o coração para Ivanilde, Alana e Júlia em texto do Dia dos Pais de 2013

Em 11 de agosto de 2013, Alan Neto não escreveu sobre articulações nos bastidores do poder ou os principais lances de uma partida. O icônico comunicador deixou de lado a política e o futebol, áreas em que era referência no Jornalismo, para abrir o coração sobre a família em um especial de Dia dos Pais do O POVO daquele ano.

O jornalista se declarou para a esposa Ivanilde, a filha Alana e a neta Júlia — todas citadas constantemente em seus programas no rádio, na televisão e no YouTube. Alan Neto nunca escondeu a paixão pelas três mulheres mais importantes da sua vida.

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No Trem Bala, seja na rádio, na TV ou na internet, o apresentador já citava Ivanilde nos primeiros minutos, sob a alcunha de "minha musa Beth Davies", quando alertava os passageiros para "apertarem os cintos". Alana, a "loirinha gotinha d'água", e Júlia "xerim" também eram lembradas constantemente. A neta, inclusive, tornou-se mais uma torcedora do Ferroviário.

Veja o texto de Alan Neto no Dia dos Pais de 2013:

"Os amores da minha vida

Barriga pra acolá, sem querer saber o sexo da criança, Ivanilde firmou um pacto comigo. Se fosse homem, eu daria o nome. Se fosse mulher, ela se encarregaria de dar. Assim foi feito. Nasceu mulher e a Ivanilde decidiu por Alana. Me emocionei.

Ainda pequena, levava a Alana para o jornal. Ela logo se enfadava de ficar batendo na máquina, ia para um canto ler. Intimamente torcia pra seguir minha profissão. Coisa de pai. O grande teste deu-se quando coloquei um jornal e um livro na sua frente. Ela ficou com o livro. Disse pra Ivanilde: “Jornalista ela não vai ser”.

Hugo Bianchi conheceu Alana passeando com a mãe na calçada. Profetizou — “um dia ela será minha bailarina e a melhor do Ceará”. Ela começou a dançar com mestre Hugo. Depois resolveu acompanhar a Mônica Luiza, sua professora, quando ela resolveu montar sua academia. Foi lá onde deslanchou e tornou-se sua primeira bailarina. Nos grandes festivais de fim de ano, Mônica contratava os melhores bailarinos do Municipal pra com a Alana dançar: Francisco Timbó, Paulo Rodrigues, Mansur, Marcelo Misaillidis, dentre outros. Seu momento maior, contudo, foi quando dividiu o palco do TJA três vezes com a grande Ana Botafogo. As duas se tornaram muito amigas, amizade que até hoje perdura.

Enquanto dedicava a carreira de bailarina Alana estudava psicologia na Unifor. Dava pra conciliar. Até o momento em que teve de decidir seu destino e qual profissão escolher. Não queria estar na sua pele. Porém, a decisão era pessoal e intransferível. Alana decidiu-se pela psicologia. Ela mesma traçou seu rumo sem nossa interferência. O balé clássico foi, contudo, um marco na sua vida. Como esquecê-lo? Hoje, dona de uma clínica de psicologia, dividida com duas colegas de turma. Vai de vento em popa. Casou-se com o Fernando Tamurejo e ganhei de presente uma neta linda, chamada Júlia. Homenagem a sua tetravó e por via oblíqua ao meu pai, que se chamava Júlio.

Júlia, que apelidei de Xerim, é hoje a dona do pedaço. O apelido veio porque pequenininha, pedia-lhe um beijo e ela fazia careta. Uma vez nos meus braços, na janela do apartamento, comecei a lhe mostrar os carros que passavam — este é da mamãe, aquele outro do papai, aquele da vovó. Foi então que ela se virou e perguntou — e o vovô? Respondi-lhe “vovô não tem. É pobre”. Pra quê! Me deparam com ela e perguntam e o seu avô? Rápido ela responde — “meu avô é pobre”.

Ser pai é uma experiência fascinante, mesmo de filha única. Ser avô é algo indescritível. A Xerim faz de mim gato e sapato. Andando com ela a pé por entre ruas e pracinhas, é um momento sublime. Só nós dois, ninguém por perto. Aí me realizo. Coisa de avô coruja babão...

Alan Neto, jornalista e colunista do O POVO. Para ele, ser pai coruja é algo maravilhoso. Ser avô, então, é a melhor coisa do mundo."

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