MST rebate Wagner e RC por propaganda contra Elmano: "Típico de quem não tem projeto"
Adversários abordaram atuação do petista no movimento na propaganda eleitoral
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) divulgou nota em que repudia as propagandas eleitorais de Capitão Wagner (UB) e Roberto Cláudio (PDT), veiculadas no horário gratuito no rádio e na televisão. Nos últimos dias, as coligações de ambos os concorrentes ao Palácio da Abolição divulgaram materiais associando Elmano Freitas (PT) à entidade, criticando o candidato petista.
A campanha divulgada pela chapa do ex-prefeito de Fortaleza acusa o MST de invasão ilegal de propriedades privada. Em estratégia semelhante, a coligação do político do União Brasil relacionou membros do movimento a crimes como assassinato e formação de quadrilha.
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“É típico de quem não tem projeto societário nem consegue dialogar para construí-lo coletivamente. Deveriam usar o horário eleitoral para apresentar propostas ao povo cearense e não para atacar um movimento social que luta para melhorar a vida das pessoas e que muito tem feito pelos camponeses e camponesas em nosso Estado”, diz trecho da nota publicada pela entidade.
O MST diz que os candidatos tentam “criminalizar” a luta pela terra, reforma agrária e o “direito de viver no campo com dignidade”. E acrescenta: “Terrorismo e crime é deixar milhões de famílias sem terra, vagando pelos interiores e periferias, sem terra para se fixar, nem condições de produzir dignamente a sua existência e sobrevivência e contribuir para um país equânime”.
No comunicado, a entidade diz que Roberto Cláudio está “desesperado por despencar nas últimas pesquisas”. Ele acrescenta que o pedetista tem "atacado" a atual governadora do Ceará, Izolda Cela (sem partido), em uma “clara violência de gênero na política”. Sobre Wagner, a entidade afirma que ele é conhecido como “insuflador de motins" e "colocou em risco a segurança da população cearense”.
A associação com o movimento ocorre por conta de Elmano ter advogado, no início da sua carreira, para o MST. Após o episódio, o petista foi às redes sociais acusar os adversários de divulgar “fake news”. “Sou ficha limpa e, como advogado, sempre defendi as leis e a proteção das pessoas. Por isso, fique atento às mentiras que os outros candidatos espalham por aí”, disse.