Luizianne diz que Izolda foi "desmoralizada" e teve direito à reeleição "usurpado" pelo PDT

A parlamentar lembrou já ter sido vítima do mesmo tipo de violência política de gênero após o PDT propôr um pacto de não agressão nas eleições municipais de 2020

A deputada federal Luizianne Lins (PT) criticou nesta terça-feira, 19, a votação do diretório estadual do PDT que escolheu pela pré-candidatura do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT). Durante comentário para seu programa no YouTube "Balanço na Rede", a parlamentar reforçou que a governadora Izolda Cela (PDT) foi vítima de violência política de gênero pelo próprio partido e que a pedetista foi "desmoralizada" e teve o direito à reeleição "usurpado" pelo próprio partido. 

A petista comentava sobre o fato de que, desde 2002, Izolda Cela é a primeira governadora do Ceará que não irá disputar reeleição. O ultimo caso aconteceu quando o então governador Beni Veras não tentou retornar ao cargo. "Vinte anos depois uma mulher é usurpada do seu direito, impedido do seu direito de ser candidata pelo seu próprio partido estando na posição de governadora. E não porque não quis, mas porque o partido dela tirou dela de forma radical o direito de ser candidata. Isso demonstra como a misoginia toma conta da política", comentou Luizianne. 

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A deputada lembrou o histórico da governadora na política sobralense, inclusive como aliada dos Ferreira Gomes, principalmente quando Izolda foi secretária da Educação do governo de Cid Gomes (PDT). "Toda essa propaganda que eles fazem sobre a questão da educação teve uma pessoa que trabalhou de forma muito intensa em cima disso (...) Quer dizer que a resolução devia ser para ser vice, para ser Secretária de Educação, mas não serve para representar a si mesma como candidata à sua própria reeleição?", indagou a parlamentar. 

Luizianne lembrou ter defendido o nome de Izolda como um consenso que poderia manter a aliança PT-PDT no Ceará. Ambas realizaram um encontro em fevereiro deste ano. Na época, o diálogo chegou a se comemorado por Cid Gomes. Hoje, entretanto, ele está ausente das articulações políticas do PDT. "A Izolda começou a ser o polo que agregou, até eu que tinha colocado meu nome candidata, se fosse a Izolda nós estávamos todos preparados pra poder apoiá-la acolhê-la, fazer parte da campanha eleitoral", disse a petista.

A ex-prefeita então continuou: "Lembrando a força que a Izolda demonstrou nesse processo. Vamos lembrar: 30 deputados estaduais dos 46 assinaram uma carta defendendo o nome da Izolda, o que não é pouca coisa. Isso aí é forte. Depois, quase 80 prefeitos prefeitos saíram manifestando apoio a Izolda. Até porque ela é do partido deles. É do partido do Ciro. Mas a gente sabe que ela foi desconsiderada, desmoralizada, em primeira lugar como governadora teria todos os direitos de concorrer a sua própria reeleição". 

A parlamentar disse ainda já ter sido vítima do mesmo tipo de violência após o PDT um pacto de não agressão nas eleições municipais de 2020. Segundo a petista, a estratégia havia sido acordada ainda na pré-campanha e  conversada entre ela e o candidato governista José Sarto, da legenda trabalhista. O atual prefeito teria descumprido o acordo. 

"Mais uma vez os Ferreira Gomes praticando violência política de gênero (...) tiveram cinismo de fazer comigo um pacto de não agressão, inclusive o atual prefeito me ligou na véspera do processo eleitoral propondo pacto de não agressão, eu não estava em nenhum momento preparado nem pra me defender nem para atacr ninguém. Queria só fazer a minha campanhae fui brutalmente Atacada de todas as formas pelas redes sociais, pela televisão", completou Luizianne.

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