Covid: apesar de alta nacional, hospitais particulares do Ceará mantém estabilidade nos atendimentos

Nesta sexta-feira, O POVO circulou por algumas unidades particulares de saúde em Fortaleza: hospital Antônio Prudente, Otoclínica e Unimed Fortaleza

Nos últimos 15 dias, hospitais privados de todo o Brasil registraram um aumento médio de 94% no número de casos confirmados de Covid-19, segundo o que apurou a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp). O levamento, entretanto, não traz informações estratificadas por estados ou capitais. Conforme O POVO apurou, as unidades privadas de saúde do Ceará ainda mantém estabilidade nos atendimentos pela doença.  

"Até o momento, nenhum dos nossos hospitais notificou qualquer aumento nos atendimentos, casos confirmados ou internações", afirma Luiz Aramicy Pinto, presidente da Associação dos Hospitais do Estado do Ceará (Ahece). Estão vinculados à associação: Hospital Gênesis, Gastroclínica, São Mateus, Otoclínica, Uniclinic, São Raimundo e São Carlos.

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"Acredito que temos muitas pessoas assintomáticas e seguindo as atividades cotidianas. O vírus continua circulando, mas os sintomas são leves por estarem vacinadas", completa.

Na manhã desta sexta-feira, 10, O POVO circulou por algumas unidades particulares de saúde em Fortaleza: hospital Antônio Prudente, Otoclínica e Unimed Fortaleza. Na avenida Aguanambi, a unidade do Sistema Hapvida tinha movimentação considerada normal pelos pacientes que aguardavam na recepção.

Entre eles, estava Alessandro Máximo, 40 anos, que foi até lá identificar a causa dos sintomas gripais que sentia há dois dias. "São sintomas de uma gripe forte, mas acabei de confirmar no teste que era Covid-19. Tomei as três doses e estou esperando quando será a vacinação da quarta dose para a minha idade. Agora ficarei em casa pelos próximos dias", contou.

Em nota, o Sistema Hapvida informou que até o momento foram realizados 1.400 atendimentos por síndromes gripais em junho. Em abril foram 1.200 e em maio, 1.600. Já as internações por Covid-19 estão em queda: 23 em abril, seis em maio e um neste mês. Os números somam os casos adultos e os pediátricos.

Na Otoclínica, na avenida Antônio Sales, e na Unimed Fortaleza, na avenida Visconde do Rio Branco, a movimentação de pacientes era "a mesma do comum", conforme vigias dos locais afirmaram ao O POVO. No entra e sai das portas de emergência, o fluxo maior era na troca de acompanhantes de pacientes com queixas de arboviroses.

Amélia Sousa, 36, estava entrando para acompanhar a irmã que se recupera de uma cirurgia na Unimed Fortaleza. "Estamos aqui desde ontem. O movimento do hospital parece o mesmo que tinha antes da pandemia", opina. 

A Emergência do Hospital Unimed atendeu, até o dia 8 de junho, 2.503 crianças e adultos com síndrome gripal. Em abril foram 10.134 atendimentos e em maio foram 10 mil. Em todos os meses, o público infantil superou o adulto. "Sobre atendimentos por síndrome gripal na emergência pediátrica deste ano, a Unimed Fortaleza informa que o índice de sazonalidade infantil é equivalente ao ano de 2019 – antes da pandemia", completa a nota. (Colaborou Ana Rute Ramires)

Pesquisa nacional 

O levantamento da Anahp também indicou que, nas duas últimas semanas, 5,5% dos profissionais de saúde foram afastados por diagnóstico positivo para Covid-19.

Além disso, ao avaliar a incidência de síndromes gripais, o resultado indicou um aumento de 32% dos casos não relacionados à Covid em pronto-atendimento dos hospitais particulares do Brasil.

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