Covid-19: pela 1ª desde 2020, ocupações de UTI ficam "verdes" no SUS

Dados da Fiocruz mostram que o Brasil ficou, pela primeira vez desde julho de 2020, com os leitos públicos de UTI destinados à Covid-19 fora da zona de alerta. Queda acompanha vacinação pelo País, mas cuidados seguem necessários

Casos e óbitos de Covid-19 seguem em queda no Brasil, ainda que em menor velocidade, de acordo com boletim epidemiológico da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) divulgado nesta sexta-feira, 25. O documento ainda marca a primeira vez que o mapa do Brasil fica “verde”, desde julho de 2020, sinalizando que todos os estados e o Distrito Federal estão fora da zona de alerta, com taxas inferiores a 60% de ocupação de leitos de UTI destinados à Covid-19 e à Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). Ceará está entre as cinco taxas mais baixas do Nordeste, na frente de estados como Sergipe, Pernambuco e Piauí.

A queda das ocupações acompanha o ritmo da vacinação no País, no qual os dados mostram 82% da população brasileira com a primeira dose, 74% com a vacinação completa e 34% vacinada com a dose de reforço. "É importante destacar que esta queda encontra-se acompanhada de taxas ainda significativas de [Síndrome Respiratória Aguda Grave] SRAG e incidência de mortalidade por Covid-19”, comenta.

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A instituição alerta que o quadro, ainda que bastante positivo, continua exigindo atenção nas ações de vigilância em saúde e cuidados. Apesar da melhora, encontram-se no País taxas elevadas de Srag, incidência de casos e mortalidade por Covid-19. A Fiocruz enfatiza que algumas medidas são necessárias para que a situação continue melhorando, como o avanço na vacinação e manutenção do uso de máscaras em ambientes com maior risco de transmissão — fechados, com grande concentração de pessoas e abertos com aglomerações.

"Ao mesmo tempo, todo o sistema de saúde deve se valer do período de menor transmissão da Covid-19 para readequar os serviços para o atendimento de demandas represadas durante as fases anteriores de alta de casos, por exemplo, com a distribuição estratégica de testes, a capacitação profissional para atividades de vigilância e detecção rápida de eventuais surtos”, argumenta a Fiocruz no boletim.

Dentre os alertas para casos da Covid-19, destacam-se os grupos extremos da pirâmide etária: idosos têm a idade como um fator de risco, o que reforça a necessidade de uma busca ativa para os que ainda não tomaram a terceira e/ou quarta dose; por outro lado, crianças de 5 a 11 anos também correm um risco maior de infecção pelo vírus devido a baixa adesão dos responsáveis à vacinação. "A população em geral, também deve realizar o esquema completo de vacinação”, pontuam os cientistas da instituição.

Fiocruz alerta para aumento de casos semanais de SRAG em crianças

O novo Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado hoje alerta para o aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre crianças, ao longo de fevereiro e março deste ano. Entre crianças de 0 a 4 anos, a média móvel dos casos aumentou em cerca de 77%, passando de 970 casos semanais para cerca de 1.870.

Entre as crianças de 5 a 11 anos, o aumento na média foi de 216%, passando de 160 casos semanais para uma média estimada em 506 casos semanais. O aumento, segundo a Fiocruz, coincide com o período de retomada o ano letivo nas escolas. A maior parte dos casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de covid-19, exceto entre as crianças de 0 a 4 anos.

Com Marília Freitas e Agência Brasil

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