Covid-19: Ceará define na próxima semana estratégia para aplicar 4ª dose da vacina

Atualmente, o Ministério da Saúde recomenda que adolescentes e adultos imunossuprimidos sejam vacinados com uma dose de reforço quatro meses após terem recebido a D3

A estratégia do Ceará para iniciar a aplicação de uma quarta dose de vacina contra a Covid-19 em pessoas imunossuprimidas deve ser definida na próxima semana. De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), "definições e pactuações" estão na pauta da próxima reunião da Comissão Intergestora Bipartite, agendada para 18 de fevereiro.

A pasta informa ainda que, até o momento, o Ministério da Saúde (MS) distribuiu 3.112.730 doses de vacina para dose de reforço e dose adicional (divulgada como terceira dose, D3) ao Ceará. Destas, 25.740 foram exclusivas para a dose adicional da população alvo de imunocomprometidos.

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Para a quarta dose (D4), o MS não realizou distribuição específica. "No entanto, as demais doses recebidas pelo Estado e distribuídas aos municípios são suficientes para o início desta estratégia", garante a Sesa.

Afinal, são quantas doses contra a Covid-19?

Inicialmente, os laboratórios que produzem vacinas contra a Covid-19 previram a aplicação de menos duas doses, à exceção da Janssen, que tem dose única. Com as mutações do coronavírus e o surgimento de novas variantes, uma terceira dose passou a ser aplicada.

Em dezembro, o Ministério de Saúde autorizou a aplicação da quarta dose para adultos imunossuprimidos após pelo menos quatro meses da vacinação com a terceira dose. Agora, a aplicação se estende para os brasileiros imunossuprimidos com idade entre 12 e 17 anos.

 

Isso porque o Ministério passou a recomendar a D4 em adolescentes imunossuprimidos. A decisão consta na nota técnica nº 8/2022, da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, emitida nesta quarta-feira, 9.

Na nota, que leva em conta o avanço da variante Ômicron, a pasta justifica que "as atualizações científicas, no momento, reforçam a capacidade das diferentes vacinas COVID-19 em induzir boa resposta imunológica, bem como de amplificar a resposta imune com dose de reforço". "A adoção de esquemas específicos e reforços diferenciados tem se tornando uma boa estratégia para garantir maior proteção aos imunossuprimidos em diversos países", acrescenta.

Como fica o esquema vacinal de imunossuprimidos

A partir da nota mais recente do Ministério da Saúde sobre a vacinação contra a Covid-19 do público imunossuprimido, O POVO organizou a seguir quais são as doses, o intervalo que deve ser adotado entre elas e quais vacinas estão recomendadas.

Vacinação contra a Covid-19 no Ceará

De acordo com o Vacinômetro da Sesa, 7.601.779 pessoas receberam a primeira dose ou a dose única das vacinas contra a Covid-19. No entanto, 6.547.051 receberam a segunda dose. Com a D3, são 2.329.564 de cearenses. Os dados foram atualizados às 17 horas de terça-feira, 8 de fevereiro.

Também na segunda-feira, a Secretaria Municipal da Saúde de Fortaleza informou que a Capital ultrapassou o número de 5 milhões de doses contra a Covid-19 aplicadas na população, entre todos os públicos e faixas etárias aptas a receberem. São 2.263.112 da primeira dose, 1.980.108 da segunda e 760.288 da terceira dose.

Outros estados

O Mato Grosso do Sul iniciou nessa quarta-feira, 9, a aplicação da D4 nas pessoas com 60 anos ou mais e nos profissionais da saúde. Segundo o governo, a decisão se deu após reunião com membros do Centro de Operações de Emergência de Mato Grosso do Sul (COE-MS).

Em Natal, no Rio Grande do Norte, imunossuprimidos que tenham completado quatro meses da aplicação da D3 podem procurar um dos locais de vacinação para receber uma dose adicional da vacina do fabricante Pfizer.

Nessa quarta-feira, 9, o estado de São Paulo anunciou que adotará a quarta dose da vacina. Em coletiva de imprensa, o governador João Doria disse que a quarta dose está em estudo. O estado tem 2 milhões de pessoas atrasadas na imunização, sem ter tomado a segunda dose.

Segundo Jean Gorinchteyn, secretário estadual da Saúde, o governo paulista ainda não definiu se toda a população vai receber a D4 ou quando começará a ser aplicada. Ainda assim, há um entendimento de que haverá necessidade de aplicação da vacina todos os anos, assim como é feito na campanha de vacinação contra a gripe.

No domingo, 6, a cidade de Botucatu, no interior paulista, começou a aplicar a quarta dose em todos os idosos com 70 anos ou mais e que receberam a terceira dose há pelo menos quatro meses. Segundo o jornal O GLOBO, o município já vinha aplicando a quarta dose nos idosos internados em instituições de longa permanência e nas pessoas imunossuprimidas.

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