Biden pede calma diante de avanço da Ômicron; Europa endurece medidas

ssa variante, já dominante nos Estados Unidos, vem se propagando rapidamente pelo mundo, provocando recordes de casos

Os Estados Unidos se recusam a "entrar em pânico" diante do avanço da variante Ômicron da Covid-19, garantiu nesta terça-feira, 21, o presidente Joe Biden ao afirmar que a maior potência do mundo está "preparada" para lidar com a nova onda de casos.

O diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Hans Kluge, admitiu, porém, que "vemos uma tempestade se aproximar", diante do aumento de casos que resultou na multiplicação de restrições na Europa.

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"A Ômicron está se tornando, ou já é, dominante em vários países, incluindo Dinamarca, Portugal e Reino Unido", onde as contaminações provocadas por esta nova variante "resultam em taxas de transmissão inéditas", completou Kluge ao site da OMS.

Essa variante, já dominante nos Estados Unidos, vem se propagando rapidamente pelo mundo, provocando recordes de casos, como na Espanha, que registrou 49.823 contaminações nas últimas 24 horas.

Durante seu discurso, Biden garantiu que os Estados Unidos estão "preparados" para lidar com a nova onda da pandemia, e pediu calma aos 70% dos americanos vacinados.

"Sei que estão cansados. Queremos acabar com isso, mas ainda estamos plenamente envolvidos [na pandemia]. Estamos em um momento crítico", alertou.

A Casa Branca informou que não pensa em fechar as escolas e planeja distribuir gratuitamente 500 milhões de testes de detecção a partir de janeiro, em um momento em que as filas crescem diariamente nos centros de testagem.

O governo federal também mobilizará 1.000 profissionais da saúde do Exército e doará 500 milhões de dólares para organizações internacionais de combate á pandemia.

 


A estratégia de Joe Biden contrasta com decisões mais duras tomadas especialmente na Europa.

Em resposta ao surto, o primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, anunciou nesta terça-feira que todos os cidadãos maiores de 60 anos e profissionais da saúde terão direito a uma quarta dose da vacina, após consulta com um grupo de especialistas.

Paris já cancelou suas comemorações, enquanto a Alemanha limitou nesta terça-feira a dez pessoas as reuniões e festas de Ano Novo, proibindo ainda a presença do público em grandes eventos esportivos a partir de 28 de dezembro.

"Não é momento para celebrar festas com aglomeração", declarou o chanceler alemão, Olaf Scholz, após reunião com líderes regionais do país.

A região da Catalunha, na Espanha, também estuda adotar restrições, enquanto o Marrocos anunciou a proibição total das comemorações de Ano Novo.

A Holanda já impôs um confinamento durante o Natal. As autoridades europeias alertaram que a ômicron pode ser a variante dominante na Europa em meados de janeiro

A Finlândia anunciou a obrigatoriedade de fechamento dos bares às 21h00 na véspera de Natal, como parte das novas restrições devido ao aumento de infecções.

Na América Latina, a Colômbia detectou na segunda-feira os três primeiros casos de ômicron e o México elevou para 23 o número de contaminações com a nova variante nesta terça.

No Equador, o governo descartou um confinamento durante as festas de dezembro e a Argentina estabeleceu, somente a partir de 1º de janeiro, um passe sanitário para maiores de 13 anos que certifica o esquema completo de vacinação para atividades em locais fechados ou eventos massivos em espaços abertos.

Ciência

Os cientistas se apressam para saber mais sobre a variante Ômicron, detectada pela primeira vez no mês passado na África do Sul e que infectou pessoas com o esquema vacinal completo em todo o mundo.

A chefe da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) acrescentou que é muito cedo para saber se é necessária uma vacina específica para a ômicron, pois é preciso ter mais informações.

"Ainda não há uma resposta se precisaremos de uma vacina adaptada com uma composição diferente para lidar com esta (ômicron) ou qualquer outra variante", disse Emer Cooke.

Seus comentários foram feitos no momento em que a OMS aprovou outra vacina nesta terça-feira, a da empresa americana Novavax.

A vacina, licenciada pela União Europeia na segunda-feira, é a quinta aceita no bloco depois das da Pfizer/BioNTech, Moderna, AstraZeneca e Johnson & Johnson.

As autoridades esperam que a vacina Novavax, feita com tecnologia mais convencional do que outras, ajude a persuadir aqueles que têm dúvidas sobre a vacinação.

A pandemia provocou a morte de pelo menos 5,3 milhões de pessoas no mundo desde que o escritório da OMS na China detectou a doença no fim de dezembro de 2019, segundo um balanço desta terça-feira da AFP, com base em dados oficiais.

 

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