Ceará tem "chances boas" para evitar terceira onda de Covid-19, diz cientista-chefe

O avanço da vacinação, combinado à manutenção de medidas de prevenção ao espalhamento da doença, são expectativas para conter a nova onda no Estado; isolamento social, no entanto, deve permanecer

O cientista-chefe da Saúde do Ceará, José Xavier Neto, disse que o Ceará tem “chances boas” para evitar o aparecimento de uma possível nova onda da Covid-19 em seu território. Ele ressaltou o progresso das porcentagens de vacinação no Estado e o esforço do poder público em incentivar que as pessoas decidam tomar o imunizante. Xavier alerta, no entanto, que as medidas de prevenção devem continuar sendo tomadas pela população do Estado, principalmente em relação ao uso de máscara de proteção facial e às aglomerações em espaços fechados.

“Com o programa de vacinação, podemos evitar completamente a terceira onda ou minimizá-la”, enfatizou o especialista durante evento da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE) na noite dessa terça-feira, 7, para apresentação de resultados de pesquisa que analisou resultados da primeira e segunda onda da pandemia no Estado. “Se essa onda vier — espero que ela não venha — a expectativa é que venha mais branda e nós tenhamos sucesso”, acrescentou.

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O especialista mencionou ainda números que considerou preocupantes em relação aos níveis de Covid-19 no esgoto de Fortaleza. "Nós estamos reduzindo essa ameaça, mas se ela [a onda] vier, os leitos e hospitais de campanha precisam estar todos mobilizados”, argumenta. Ele pondera que grandes eventos têm potencial para desestabilizar o quadro da crise na saúde, sem os devidos cuidados. “Em 2021, nós conseguimos controlar a subida de casos no início do ano, mas não houve como segurar quando chegou o Carnaval”, lembra.

A médica infectologista Ana Paula Matos Porto, que também estava presente no evento, concorda que uma nova onda tenha pacientes menos graves, com menos complicações. Mesmo assim, ele aponta que o Estado precisa se preparar e melhorar o tratamento para esses quadros mais delicados, com repercussões respiratórias e pulmonares. Na segunda onda da pandemia no Estado, o nível de mortalidade hospitalar caiu mais de 25% em relação ao primeiro período de casos e mortes, conforme resultados obtidos pelos pesquisadores.

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