Secretário da Saúde é contra realização de Réveillon e Carnaval no Ceará

Posicionamento será defendido na próxima reunião do Comitê Estadual de Enfrentamento à Pandemia

A realização de festas de Réveillon e Carnaval no Ceará deve ser debatida na próxima reunião do Comitê Estadual de Enfrentamento à Pandemia. De acordo com o secretário da Saúde, Marcos Gadelha, a Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa) irá se posicionar contra a realização dos eventos durante a reunião. No último domingo, 21, o governador Camilo Santana (PT) se manifestou na mesma direção.

"Essa não é uma decisão que é só do secretário da Saúde do Estado, nem só do governador. O governador já manifestou opinião dele, mas vamos pautar na próxima reunião do Comitê Executivo", afirmou Gadelha. Apesar de ser uma decisão "difícil" — porque há impactos econômicos, que também afetam a saúde da população —, o secretário aponta a preocupação com o cenário internacional da pandemia.

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Na reunião em que o tema será debatido, "alguém deve fazer a defesa do 'pró', e certamente vamos nos manifestar contra a realização (dos eventos), porque entendemos que ainda existe algum risco, baseado no que vem acontecendo na Europa, em alguns países no exterior", afirmou Gadelha. O secretário afirmou, também, que não há perspectiva para se retirar a obrigatoriedade do uso de máscara de proteção contra a Covid-19 no Estado.

Em uma conferência na abertura no Congresso Brasileiro de Epidemiologia, a diretora-geral adjunta de acesso a medicamentos e produtos farmacêuticos da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mariângela Simão, afirmou que o mundo está entrando em uma quarta onda da pandemia de Covid-19. Ela chamou atenção para o aumento dos casos da doença na Europa e para a desigualdade no acesso às vacinas entre países.

O titular da Sesa destaca que o aumento de caso nos outros países está ocorrendo onde há baixa adesão à vacina e que, por isso, o Estado tem falado repetidamente sobre a necessidade de ampliar a cobertura vacinal. "Essa é a principal estratégia. Se conseguirmos ampliar a cobertura vacinal, mesmo que tenhamos uma recorrência da Covid-19, certamente vai ter um impacto menor", afirma.

O reflexo de ampliar a vacinação, caso ocorra aumento da doença, seria menor sobrecarga ao sistema de saúde, menos pacientes em estado grave e menor dificuldade para a população acessar outras ações de saúde que não sejam referentes à Covid-19, explica Gadelha.

O posicionamento foi defendido pelo gestor da pasta em entrevista concedida ao O POVO na tarde desta quarta-feira, 24, quando o médico participou de coletiva de imprensa sobre o programa de cirurgias eletivas em crianças, no hospital infantil Sopai. A iniciativa apresentada na coletiva de imprensa visa realizar 1.700 procedimentos e 1.600 consultas pré-cirúrgicas.

Atualizada às 17 horas

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Com informações da repórter Ana Rute Ramires

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