Médicos cearenses realizam protesto sobre os 600 mil mortos por Covid-19 no Brasil

A manifestação foi realizada na Praia de Iracema com faixas e a colocação de cruzes na areia da praia

Médicos cearenses realizaram nesta sexta-feira, 8, uma manifestação em Fortaleza em homenagem às vítimas da Covid-19 no Brasil, que atingiu a marca de 600 mil pessoas. Os profissionais da saúde também cobraram apurações sobre a responsabilidade do Governo Federal no controle da pandemia, considerado como um "crime contra a humanidade", diante da marca de mortes pela doença. 

A manifestação foi realizada na Praia de Iracema com faixas e a colocação de cruzes na areia da praia. Sem aglomeração, esteve presente apenas um pequeno número de participantes, com distanciamento entre as pessoas e uso de máscaras. Os médicos e médicas participantes da manifestação integram o Coletivo Rebento/Médicos em Defesa da Vida, da Ciência e do SUS, a Associação Brasileira de Médicos e Médicas pela Democracia e a Rede Nacional de Médicos Populares/Ceará. 

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Os números da quinta-feira, 7, apontavam que o País estava muito próximo da marca de 600 mil mortes por Covid-19. Segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, às 18 horas, o País acumulava 599.810 vítimas da enfermidade. Já o levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, somava 599.865 óbitos desde o início da pandemia. Liberado às 22h, e atualizado já na manhã desta sexta-feira, 8, a Agência CNN com as secretarias estaduais de saúde contabilizava 600.067 vítimas da pandemia no Brasil. 

Os manifestantes cobram a apuração das responsabilidades e a punição do Governo Federal, além do Conselho Federal de Medicina (CFM) diante de ações que consideram fatores para a ampliação dos riscos para a população brasileira e o aumento dos patamares de novos casos, internações e mortes.

Entre esses motivos, os médicos cearenses ressaltam a postura do governo de criticar o isolamento social. "A defesa de que a população se expusesse e se contaminasse, sem isolamento social, com falsa dicotomia entre vidas e empregos, e com a defesa de medicamentos ineficazes contra a Covid-19, como tentativa de justificar o boicote mesmo de medidas básicas, como distanciamento social e uso de máscaras", ressalta o texto dos organizadores. 

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Além do Brasil, apenas os Estados Unidos passaram a marca 600 mil mortes. De acordo com o levantamento do Wikipédia, do The New York Times e da Universidade Johns Hopkins, o País soma 710. 342 vítimas da Covid-19, com o maior número de casos. A Índia é o segundo lugar em confirmações da doença, mas tem menos mortes que Brasil e Estados Unidos, com 450.127 registros.

Em ato na Praia de Copacabana também nesta sexta-feira, 8,  as vítimas da Covid no Brasil também foram homenageados. O ato foi organizado pela ONG Rio de Paz, que estendeu em um varal na areia, em frente ao Copacabana Palace, 600 lenços brancos. Segundo o Jornal Metrópole, um grupo de manifestantes promoveu ato em frente ao Palácio do Planalto, na Praça dos Três Poderes. Eles levaram cruzes em memória à marca de 600 mil mortos pela Covid-19, além de pedirem  o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). 

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