Ceará pode não atingir meta de vacinação em agosto por falta de imunizantes; entenda

De acordo com a Secretária Executiva de Vigilância e Regulação da Secretaria da Saúde do Ceará, o número de vacinas recebidas é desproporcional ao número da população do Estado

Avaliando a situação epidemiológica no Ceará, a Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag) realizou mais uma edição do Webinar nesta sexta-feira, 30. Um dos convidados participantes foi a Secretária Executiva de Vigilância e Regulação da Secretaria da Saúde do Ceará, Magda Almeida, que afirmou que há grandes chances da meta de vacinação em agosto não ser atingida no Estado por falta de imunizantes.

Os dados disponibilizados na quarta-feira, 28, pela Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa), mostram que há uma cobertura vacinal no Ceará de 53% com D1 e 38,3% com D2 ou DU (dose única). Isso significa que quase 40% da população cearense se encontra imunizada. No entanto, a quantidade de vacinas recebidas é desproporcional ao número da população.

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“Esse número é verificado utilizando o número da população do Estado e a quantidade de doses distribuídas, fazendo um percentual de quanto daria para cobrir juntando D1 e D2”, explica a secretária.

De acordo com Magda, até o momento, o Ceará recebeu vacinas para cobrir 78% da população, ficando em última colocação como unidade federativa do Nordeste que menos recebe imunizantes. Dessa forma, a quantidade de vacinas que o Ministério da Saúde provisiona para o Estado tem sido insuficiente.

“A gente já perguntou e já falou várias vezes. O Ministério Público provocou dias atrás, solicitando resposta oficial do Ministério da Saúde, mas até agora [a resposta] não veio”, esclarece a secretária.

Ainda de acordo com levantamentos feitos pela Sesa, a meta parcial de grande parte dos grupos vacinados indica que 100% ou mais já foram vacinados por haver uma subestimativa, que é quando o número de pessoas vacinadas foi maior do que o número de vacinas disponível para determinado grupo. São eles:

- Trabalhadores da saúde: 101,9%;
- Idosos institucionalizados: 111,2%;
- Indígenas: 95,3%
- Idosos com 75 anos ou mais: 108,8%
- Idosos entre 70 e 74 anos: 107,4%;
- Deficientes institucionalizados: 137%;
- Idosos entre 65 e 69 anos: 98%;
- Idosos entre 60 e 64 anos: 98,9%;
- Povos quilombolas: 100,5%;
- Força de segurança: 110,6%;
- Gestantes e puérperas: 89,2%;
- PCD e comorbidades: 80,6%;
- Trabalhadores da educação: 97,8%;
- Portuários: 132,2%;
- Transporte aéreo: 93,9%;
- População geral entre 45 e 59 anos: 92,7%;
- População geral entre 30 e 44 anos: 52,8%;
- Total/Meta Parcial: 91,9%.

Alguns poucos grupos têm uma meta menor, como os indígenas, onde houve muita recusa, havendo remanejamento das doses para outros grupos. A distribuição das vacinas é feita pelo Ministério da Saúde.

“Se tivesse vacina para vacinar toda a população, seria possível alcançar a meta até agosto”, completa Magda.

Novo lote de vacinas

Segundo o governador Camilo Santana (PT), o Ceará deve receber quase 320 mil doses de vacina contra Covid-19 neste final de semana. A informação foi passada por meio de publicação feita pelo por ele em suas redes sociais, um dia após a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) afirmar que casos da variante Delta foram confirmados em passageiros que chegaram a Fortaleza.

Ainda de acordo com Camilo, deverão chegar 173.160 doses da Pfizer e 146.800 doses da vacina CoronaVac. Ainda não há confirmação do horário de chegada pelo Ministério da Saúde, que envia as doses.

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