Covid-19: Brasil registra 4.249 mortes e bate novo recorde em três dias

O Ceará é o sétimo estado do País com maior número de óbitos em decorrência da doença, com mais de 15 mil mortes. O governo federal segue descartando a adoção de um "lockdown nacional"

19:09 | Abr. 08, 2021

Ceará ultrapassou a marca de 15 mil óbitos por Covid-19. (foto: Fabio Lima/O POVO)

O Brasil bateu novo recorde de mortes em decorrência da Covid-19 nas últimas 24 horas. De acordo com balanço do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), foram registrados 4.249 óbitos nesta quinta-feira, 8, superando pela segunda vez a marca de 4 mil mortes diárias em três dias. Na terça-feira, 6, foram registradas 4.195 mortes, também conforme o Conass.

Foram registrados ainda 86.652 casos confirmados da doença. No total, o Brasil acumula 345.025 mortes e 13,3 milhões de casos confirmados desde o início da pandemia no País. Nacionalmente, a taxa de letalidade da doença é de 2,6% e há 164,2 óbitos a cada 100 mil brasileiros.

Entre as federações, aquelas que têm o maior número de óbitos são São Paulo (80,7 mil), Rio de Janeiro (38,6 mil) e Minas Gerais (26,8 mil). O Ceará ocupa a sétima posição no ranking de estados com mais mortes, com mais de 15 mil óbitos, e é a segunda federação do Nordeste com maior índice, atrás apenas da Bahia (16,2 mil).

 

Após os índices crescentes de mortes e recordes sucessivos, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) segue descartando possibilidade de adotar lockdown nacional. Ele ainda acrescentou que usará o Exército para fiscalizar as medidas restritivas adotadas nos estados. “O nosso Exército brasileiro não vai às ruas para manter o povo dentro de casa, a liberdade não tem preço", apontou em discurso nesta quarta-feira.

Além do aumento vertiginoso dos indicadores, o aparecimento de novas variantes do novo coronavírus no Brasil também tem preocupado os especialistas. Uma nova e potencialmente variante do coronavírus foi detectada em Belo Horizonte, em Minas Gerais (MG). A cepa possui 18 mutações nunca antes descritas no Sars-CoV-2 — todas elas estão associadas a uma maior transmissão do vírus.