Diante de altos índices de Covid-19, Grande Bom Jardim cria comitê popular para enfrentar a pandemia

O plano de enfrentamento da comunidade garante políticas contextualizadas à realidade do bairro e aos padrões de transmissão da Covid-19 entre os moradores

A comunidade do Grande Bom Jardim criou um Comitê Popular para implementar ações de combate à Covid-19 no território, após acompanhamento da crescente de casos na região. Desde abril de 2020, os moradores têm analisado os boletins epidemiológicos semanais da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e identificaram o comportamento de transmissão no Grande Bom Jardim, o que mobilizou a população. 

Dados epidemiológicos apontam 18 mortes nos últimos sete dias e 600 novos casos de Covid-19 nos últimos catorze dias no território. "Os números são ainda mais assustadores quando comparados aos de grandes cidades do Estado. Dos cinco municípios com maiores números de casos, o GBJ só perde para a própria Fortaleza e para Caucaia", detalham em nota, baseados no boletim dessa sexta-feira, 12. Assim, o comitê elaborou um plano de combate ao novo coronavírus, que tem recebido apoio do secretário da Regional V, Moacir Soares, da mandata coletiva Nossa Cara (Psol) e do vereador Gabriel Aguiar (Psol). 

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"No ano passado, nós só conseguimos conversar com o poder executivo em setembro, mas não avançou muito. E agora, já vemos a segunda onda se desenhando, o que repactuou o fortalecimento da articulação de políticas públicas contextualizadas", explica Adriano Almeida, sociólogo e integrante do Comitê Popular GBJ e membro da Comissão de Articulação da Rede de Desenvolvimento Sustentável do Grande Bom Jardim (Rede DLIS).

Veja como está a situação do seu bairro:

Na segunda-feira, 15, o comitê irá participar de uma reunião com a Secretaria da Regional V, a SMS, a Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis), a Secretaria Municipal de Educação (SME), a Secretaria de Educação do Ceará (Seduc), a Frente Parlamentar em Defesa da Imunização contra a Covid-19 em Fortaleza e outras pastas. O objetivo é acompanhar os repasses dos órgãos comprometidos com o plano de enfrentamento e discutir outras propostas.

De acordo com Adriano, a experiência de organização popular nas proposições de políticas de combate ao coronavírus é piloto, mas pode ser replicada. Como comitê, a comunidade já conseguiu atualizar o cadastro de 48 feirantes do território para recebimento de auxílio governamental.

Também pediu alinhamento das secretarias de Educação com as secretarias de Saúde, para que os professores identifiquem e notifiquem diariamente, por meio das aulas remotas, idosos com pendências nas vacinas e familiares doentes nas casas dos alunos.

Ainda, eles esperam o apoio da Agefis para criar políticas de apoio às feiras, com desinfecção dos espaços, distribuição de equipamentos de proteção individual (EPIs) aos feirantes e disponibilização de álcool em gel. Acesse o plano de demandas do Comitê.

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