Anvisa aprova 1º remédio contra Covid-19 no Brasil, o polêmico remdesivir

Uso do remdesivir é cercado de polêmicas e desaconselhado pela OMS. Agência também ampliou liberação para vacina de Oxford

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou a concessão do registro para o primeiro medicamento que poderá ser usado no tratamento da Covid-19 no Brasil. Trata-se do antiviral remdesivir, desenvolvido inicialmente contra o ebola, o fármaco vem sendo utilizado contra a Covid-19 nos Estados Unidos.

Entretanto, o medicamento é desaconselhado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Logo após a aprovação americana, a OMS disse que o remdesivir não é recomendado para pacientes hospitalizados com Covid-19, uma vez que o antiviral não evita mortes, nem o agravamento da doença. A entidade ressaltou que isso não quer dizer que ele não possa ter benefícios para alguns pacientes. No entanto, diante da falta de evidências, dos possíveis riscos associados ao uso do remédio e do seu alto custo, os especialistas julgaram adequado não recomendar o uso— mas apoiaram a realização de mais testes clínicos.

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Além disso, a Anvisa decidiu que a vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca/Oxford, produzida em parceira com a Fiocruz, poderá ser aplicada em toda a população e comercializada normalmente com bula no Brasil. O imunizante teve registro de uso definitivo concedido nesta sexta-feira, 12.

Essa é a segunda vacina a obter o registro definitivo no País, a primeira foi a da Pfizer, que obteve o registro em 23 de fevereiro

A vacina de Oxford já tinha autorização para uso emergencial, assim como a CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan.

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Ao anunciar a concessão dos registros, o gerente-geral da área de Medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, lembrou que a situação da pandemia no Brasil é "triste e desesperadora". Ele também, fez um balanço da situação de outras quatro vacinas que estão em análise pela Agência: Janssen, Moderna, Sputnik V e Covaxin.

Veja o anúncio da Anvisa:

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