Ministério da Saúde prevê até 3 mil mortes diárias por Covid-19 em março, diz jornal

Governo federal cogita abrir hospitais de campanha e vai incentivar que estados façam o mesmo

Integrantes da cúpula do Ministério da Saúde avaliam que o Brasil tenha até 3 mil mortes por dia pela Covid-19 nas próximas duas semanas de março, de acordo com a reportagem do jornal Valor Econômico, publicada nesta sexta-feira, 5. O período será registrado como o pior momento da pandemia no país. Nesta semana, a média de mortes ficou em 1.361, com um pico de 1.910 óbitos registrados na quarta-feira, 3, recorde de óbitos pela doença.

Para chegar a avaliação, a pasta aponta o alastramento do vírus em todo o país, motivado pelas aglomerações no fim do ano e no Carnaval, a dificuldade da população de manter-se em isolamento social, circulação de novas variantes no país, onde são mais contagiosas e com grande carga viral, a iminência de um colapso do sistema hospitalar em diversos estados ao mesmo tempo e a falta de vacinas disponíveis para imunizar os brasileiros.

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Segundo o jornal, o governo federal cogita construir hospitais de campanha nos próximos dias e vai estimular que estados reabram estruturas do tipo que foram fechadas. Tirando isso, de acordo com a reportagem, o Ministério da Saúde avalia que não há muito o que fazer. A decretação de um lockdown nacional está descartada. As ações de fechamento e restrições à circulação de pessoas estão sob responsabilidade dos estados.

Entre as regiões, o Ministério da Saúde direciona maior preocupação para a região Sul, onde os três estados estão à beira do colapso. Também há preocupação com a falta de leitos na região Norte, apesar de um número menor de casos. A situação do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Goiás também geram alertas. 

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A pasta acredita que a solução, no médio prazo, é a vacinação, que começará a acelerar com uma maior produção do Instituto Butantan e da Fiocruz, onde ambos os laboratórios estarão produzindo 1,4 milhão de doses diárias a partir de abril. Além disso, o Ministério da Saúde anunciou, nessa quarta-feira, a intenção de comprar 100 milhões de doses da vacina da Pfizer e outras 38 milhões de doses da vacina da Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson.


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