Taxa de mortalidade por Covid-19 cresce há três semanas em Fortaleza; veja números por bairro

Dados dos boletins da quinta, sexta e sétima semana epidemiológica - a atual - mostram aumento do índice em seis áreas registradas pela Secretaria Municipal de Saúde.

Por cerca de três semanas, todas as seis áreas (I, II, III, IV, V e VI) monitoradas pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) registraram aumento em sua taxa de mortalidade por Covid-19. Os dados são dos boletins da quinta, sexta e sétima semana epidemiológica de Fortaleza, divulgados pela pasta municipal. Os óbitos são representados de acordo com o bairro de residência do paciente com o coronavírus, ainda contabilizados com a antiga divisão regional de Fortaleza em seis regionais.

A taxa de mortalidade é o resultado do número total de óbitos do bairro dividido pela população do bairro e multiplicado por 100 mil habitantes. Na Capital, as antigas regionais I e II mantêm o que a pasta chama de "grandes conglomerados" de óbitos pela doença, junto a outros clusters de alta concentração em bairros das regionais III, IV e V.

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“A análise da distribuição espacial, representada pelo mapa de calor de óbitos, sugere que o ‘evento-morte’ consistentemente aglomerou-se nos bairros periféricos”, cita o último boletim divulgado pela Secretaria. O POVO entrou em contato com a SMS, que deve comentar os dados nesta quarta-feira, 24.

De acordo com última atualização do IntegraSUS na manhã de hoje, 23, às 8h59, Fortaleza tem 114.928 casos confirmados de Covid-19 e um total de 4.634 óbitos.

Antiga Regional I


Na sétima semana epidemiológica, a atual, a área I (tida como a antiga regional I) tem o bairro Jacarecanga com a maior taxa de mortalidade até então: 321,3. De um total de 15.561 habitantes da localidade, houve 970 casos e 50 óbitos por Covid-19. Em sequência, vêm os bairros Cristo Redentor (269,9) e Pirambu (251,6) respectivamente com o segundo e terceiro maior índice da antiga regional.

O Jacarecanga e Cristo Redentor já ocupavam anteriormente os postos de bairros com maior taxa de mortalidade da antiga Regional I nos últimos dois boletins epidemiológicos, respectivamente nas primeiras e segundas posições. Entretanto, no quinto boletim epidemiológico o bairro Farias Brito (249,7) ocupava o terceiro lugar entre os bairros da área com maior taxa de mortalidade. Na semana epidemiológica atual, a taxa no bairro se manteve.

Antiga Regional II


A regional II tem o Manuel Dias Branco (442,2) como o bairro com maior índice de mortalidade registrado até então: com um total de 1.583 habitantes registrados, acumula 179 casos da doença e sete óbitos por Covid-19. Em seguida vem o Centro (281,4) e o Mucuripe (258,9). A sexta e quinta semana epidemiológica também tiveram os três bairros entre os com maior índice. 

Antiga Regional III


O Presidente Kennedy (226,2) mantém a maior taxa de mortalidade na antiga regional III. De um total de 25.203 habitantes, o acumulado traz 639 casos e 57 óbitos pelo vírus. Seguido do índice, vem os bairros Antônio Bezerra (201,3) e Rodolfo Teófilo (195,8). Na quinta semana epidemiológica, o Rodolfo Teófilo ocupava o segundo maior índice, mas os três bairros ocuparam os maiores índices da antiga regional.

Antiga Regional IV


As três maiores taxas de mortalidade das áreas estão acima de 200, índice considerado alto pelo boletim. O bairro Vila União ocupa a maior taxa da regional (284,9), diante de um total de 16.848 habitantes, 546 casos e 48 óbitos por Covid-19. Em sequência, os bairros Bom Futuro (242,3) e Aeroporto (233) ocupam as maiores taxas.

Nas outras duas semanas epidemiológicas, os três bairros também ocuparam as maiores taxas de mortalidade. Houve mudança no bairro Aeroporto, que ocupou a taxa de 222,4 respectivamente na quinta e na sexta semana epidemiológica.

Antiga Regional V


O bairro José Walter tem o maior índice de mortalidade da região (292,2), com um total de 36.624 habitantes, 1.641 casos e 107 óbitos por Covid-19 na sétima semana epidemiológica da Capital. A sequência é composta pelos bairros Parque São José (287,2) e Jardim Cearense (280,1). Os bairros também ocuparam as três posições nas outras duas semanas epidemiológicas, com crescimento registrado em todos os três bairros.

Antiga Regional VI


O bairro Pedras (748,3) tem o maior índice da taxa de mortalidade na regional e em todos os bairros da Capital. De um total de 1.470 moradores da região, são 185 casos e 11 óbitos registrados até a sétima semana epidemiológica em Fortaleza. Os índices em sequência vem dos bairros Sabiaguaba (431) e Dias Macedo (226,1). As três áreas também ocuparam os maiores índices de mortalidade nos boletins da quinta e da sexta semana epidemiológica.


 

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